Mediados pelo presidente do Comitê Científico da 25ª Conferência Anprotec, Paulo Tadeu Arantes, os moderadores das sessões técnicas paralelas, Fórum Interativo e Pitch Session relataram os principais destaques das apresentações do dia anterior na Sessão Plenária 4. No final do debate, foram anunciados os autores vencedores de cada categoria – artigo curto, artigo completo e boas práticas de empresa. Ao todo, foram 154 trabalhos recebidos, 84 aprovados pelo Comitê e 77 enviados para apresentação.
Arantes iniciou a plenária comentando a frequência com que a palavra “crise” foi citada em todas as atividades do evento. “Eu convivo com essa palavra há muito tempo, mas tenho mudado a forma como faço isso. Busquei o significado do termo para os chineses e descobri que, para eles, crise é um momento de perigo e de oportunidade. O perigo nos traz inspiração para novas oportunidades – e é isso que estamos vivendo aqui. Além de crise, nosso evento falou de mudança, reinvenção, transformação. Todos os trabalhos apresentados passaram por esses conceitos, convergindo com a inovação”, apontou.
Na sequência, a professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Utfpr), Vanessa Rasoto falou sobre a importância do planejamento na gestão de ambientes de inovação e sobre o modelo Cerne. “Com o Cerne, passamos a trabalhar a maturidade dos nossos empreendedores. Tudo o que está sendo feito é de grande valia, inclusive para melhorar a gestão das incubadoras. Outra questão relevante abordada ontem foi como reter talentos. Estamos sempre capacitando, precisamos encontrar formas de manter essas pessoas por mais tempo nos ambientes”, completou.
Os trabalhos relatados pela professora adjunta da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Aline Regina Piedade, eram focados no mercado e na academia. “Em ambas as frentes foi abordada a mudança acelerada dos ambientes por conta da globalização. Mesmo com desafios, trata-se de um campo fértil para o desenvolvimento da inovação. Apesar de toda a questão tecnológica, o perfil do ser humano não foi esquecido em nenhum momento das nossas discussões”, completou. Também professora da UFMT, Ivana Aparecida Silva comentou sobre a busca pela inovação aberta e pela valorização das origens das comunidades.
A atuação conjunta entre governo, empresas e universidades foi levantada pela presidente da Rede de Incubadoras de Empresas do Ceará (RIC), Técia Carvalho. “Temos que investir naquilo que a sociedade quer e contar com investimentos privados para fazer os negócios acontecerem. É hora de tirarmos nossas pesquisas da prateleira e transformarmos isso em riqueza”, disse. Já o diretor do Instituto de Computação da UFMT, Josiel Figueiredo, colocou em pauta o empreendedorismo solidário. “Precisamos pensar em novas formas de desenvolvimento, a economia criativa está ligada à inovação que precisamos que aconteça no país”, enfatizou.
O vice-diretor da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Edemar Antonio de Paula, fez um alerta: “é o momento de nós ouvirmos o que os empresários têm a dizer sobre os apoios recebidos nas incubadoras; só assim poderemos constatar qual é realmente nosso papel”, ponderou. Por fim, a diretora-presidente da Rede de Incubadoras da Amazônia (Rami), Jane Moura, destacou o aumento da qualidade dos trabalhos. “Isso mostra que os temas empreendedorismo, inovação e propriedade intelectual têm sido bem difundidos no nosso país. Isso se deve a eventos como esse”, destacou.
No encerramento da sessão plenária, foram anunciados os melhores trabalhos apresentados no dia anterior. Clarissa Teixeira, Maria Clara Scacchetti e Paulo Sidney Silva foram os autores principais homenageados nas categorias Artigo Completo, Artigo Curto e Boas Práticas de Empresa, respectivamente.
*Foto: Márcio Oliveira. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.