No próximo dia 21 de outubro, será realizada a eleição para a diretoria da Anprotec, em Assembleia Geral Ordinária, durante a 25ª Conferência Anprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação, em Cuiabá (MT). Conforme resolução da comissão para a eleição de diretoria da Anprotec, as chapas candidatas podem fazer campanha, distribuindo materiais como bottons, planfletos durante a Conferência Anprotec, além de enviar mensagens sobre seu programa aos associados da Anprotec e serem entrevistadas para o informativo eletrônico da Associação. (Para mais informações, acesse a resolução da Comissão de Eleição N° 01/2015)
Acesse os documentos
Resolução da Comissão de Eleição N° 01/2015
Homologação da Chapa Sinergia
Deferida candidatura da Chapa Sinergia
Propostas da Chapa Sinergia
Edital de Eleição
Chapa Sinergia
A Chapa Sinergia é liderada pelo atual vice-presidente da Associação, o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy (na foto), que concedeu a entrevista a seguir:
Quais são desafios que se apresentam para o crescimento da Anprotec e para o movimento?
No complexo cenário atual, temos diversos desafios e oportunidades a serem alinhados. Destacaria em um primeiro momento a nova e crescente gama de mecanismos e instrumentos nas áreas de inovação e empreendedorismo, como os maker spaces, FabLabs, SmartCities, LivingLabs, coworking e aceleradoras. Eles desafiam o nosso movimento no sentido de se renovar e incorporar esses novos ambientes de inovação e empreendedorismo, ampliando assim as perspectivas dos mecanismos em que temos atuado nas últimas décadas, como as incubadoras e os parques científicos e tecnológicos.
Outro aspecto envolve a nossa atuação, que deve contemplar com mais clareza o papel e a importância estratégica e regional das Redes Regionais ligadas à Anprotec. Nesse sentido, podemos e devemos atuar de forma mais orgânica e articulada com as Redes Regionais, visando capilarizar e aproximar as demandas locais das ações da nossa Entidade.
Também podemos identificar, como complemento ao desafio da ação articulada em rede no contexto nacional, uma forte ação em direção ao global, abrindo canais e oportunidades para nossos associados em termos de cooperação e interações internacionais, que levem os nossos empreendimentos para uma escala global, desde sua origem, nas startups e incubadas, até os ambientes de inovação, como incubadoras e parques. Reforçar as parcerias internacionais, com entidades como IASP, é exemplo de ações possíveis e relevantes no cenário atual.
A atenção ao processo de formação de nossos gestores e líderes do movimento do empreendedorismo inovador é outro desafio constante. Ações como o Edital de pós-doc para gestores de ambientes de inovação, que está enviando 14 profissionais para estágios pós-doutorais nos melhores ambientes de inovação do mundo é um exemplo importante, assim como o reforço e valorização de ações como a UniAnprotec, em pleno desenvolvimento. Pessoas e talentos, sejam empreendedores ou gestores dos ambientes de inovação, devem ser nosso foco principal. Nesta linha certamente atuaremos fortemente nos próximos anos.
Finalmente, para fechar esta reflexão, devemos lembrar que, em fases de transição e de transformação, como as que vivenciamos no atual momento da sociedade, nada mais saudável e recomendado que voltarmos as atenções à nossa Missão. Ali temos a essência do que somos como entidade, as razões pelas quais nos dedicamos, todos, a levar adiante este movimento de profundo alcance social e econômico, transformador da sociedade em que vivemos, tendo a inovação e o empreendedorismo como áreas primeiras de atuação. Se perdermos estes referenciais, perderemos o futuro. E de nada terá valido o passado. A construção de uma nova visão de futuro e de um novo posicionamento estratégico, no contexto de um novo ciclo de planejamento, deve se alimentar e se inspirar nessas fontes e estar atenta às mudanças e novas oportunidades que o ambiente apresenta.
– Nesse contexto, quais as principais propostas da Chapa?
Conforme nossa proposta de atuação, elencamos quatro diretrizes que nortearão nossa atuação, se contarmos com o apoio de nossos associados e formos eleitos. São elas:
1. Elaboração de um plano de ação, tendo por base visitas a todas as redes, em reuniões presenciais nas cinco regiões, no início do ano de 2016, visando ao levantamento de necessidades e oportunidades existentes nas regiões, incluindo a análise conjunta dos novos atores, mecanismos e plataformas dos ecossistemas de inovação, locais e regionais;
2. Identificação dos novos mecanismos de empreendedorismo e geração de startups (promotores de novos empreendimentos inovadores), visando alinhar os instrumentos e mecanismos existentes com o modelo atual (com foco nas incubadoras);
3. Identificação dos novos espaços e ecossistemas de inovação, com forte impacto nas cidades, visando alinhar instrumentos e mecanismos com o modelo atual (com foco em Parques Científicos e Tecnológicos) e abrir frentes que direcionem a um novo futuro, reforçando o perfil atual e agregando um novo perfil de associados;
4. Consolidação da inserção da Anprotec na rede de entidades e instituições que atuam no cenário da inovação e do empreendedorismo, tanto nacional como internacionalmente, visando propiciar maior valor agregado aos associados, os atuais e os futuros, incluindo a atuação política no sentido de mudar a cultura (nas Universidades, nas Empresas, nos Governos locais, regionais e nacionais), ajustar o marco legal e gerar novas oportunidades para os associados (novas políticas púbicas e incentivos públicos e privados).
– Nesse momento de crise enfrentado pelo país, qual seria o papel da Associação e de seus associados para fortalecer o movimento?
Atuarmos de forma integrada e articulada, com atenção às realidades e demandas regionais e com uma visão global que permita uma atuação alinhada com as demandas da Sociedade do Conhecimento em que vivemos. A atenção com as pessoas e com nossos talentos, sejam empreendedores, sejam gestores de ambientes de inovação, sejam atores públicos relevantes no cenário do empreendedorismo inovador no Brasil, deve pautar nossa atuação com respeito e atuação alinhada com os demais atores presentes no cenário nacional e internacional das áreas de empreendedorismo e inovação.