A 25ª edição da Conferência Anprotec destacou, na programação do quarto dia, e vice-presidente da incubadora do parque.
Guilherme Ary Plonski, membro do Conselho Consultivo da IASP, ex-presidente e conselheiro da Anprotec, expôs o cenário brasileiro. A sessão plenária foi coordenada por Jorge Audy, vice-presidente da Anprotec e presidente da Divisão Latino Americana da IASP.
Anna retratou o cenário russo de inovação, que apresenta algumas disparidades devido à extensão territorial (a qual chega a ser aproximadamente o dobro da brasileira). “Hoje, o Skolkovo conta com 1100 startups, gerando 13 mil novos empregos, congrega mais de 200 estudantes e 50 empresas multinacionais”, explicou. O Skolkovo Innovation Center abrange cinco áreas prioritárias – energia, nuclear, tecnologia da informação, espaço e biomedicina.
“Dentro do centro, contamos com plataforma para teste das melhores práticas. Para melhor envolver as comunidades locais, realizamos giros por cidades estratégicas em todas as regiões da Rússia. E, ao invés de concorrência com outras áreas de inovação, a chave está em pensar grande e se tornar centro de atração”, prosseguiu a dirigente.
Jian Lin ilustrou em números a extensão do TUSPark, como a área é conhecida. “Com 770 mil quilômetros quadrados, é o maior parque de uma universidade no mundo, e possui unidades em 30 localidades no território chinês”, destacou. As unidades também contam com um núcleo consolidado de qualificação, intitulada por ele de “cultivo de talentos”.
A grandiosidade é reforçada pelo entorno do parque principal, na capital chinesa, que conta com 27 universidades, 62 laboratórios nacionais, 600 mil talentos gerados e 20 mil empregos relacionados à área de tecnologia. A incubadora ligada ao parque, fundada em 1999, recebeu o prêmio de Melhor Prática de Incubação Científica pela Technopolicy Network Europe em 2002.
Cenário brasileiro
Guilherme Ary Plonsky inicialmente destacou o avanço da inovação na sociedade brasileira, especialmente na última década. “Ela deixou de ser elemento estranho no imaginário e hoje faz parte do mapa mental da população em todo o país. Ao mesmo tempo, os indicadores de inovação apresentaram parcos avanços”, comentou.
O palestrante rememorou a importância de cativar e preparar talentos e elementos humanos, uma das principais tônicas abordadas ao longo da Conferência. “Histórias cativam mais que números. Temos que ter consciência que precisamos avançar muito mais”. O professor concluiu enfatizando a importância de fortalecer a cultura de inovação no meio empresarial brasileiro, com propósitos firmes e claros.
*Texto de Taís Ueta
*Foto: Márcio Oliveira. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.