O 1º Congresso Brasileiro de Venture Capital representou um marco para essa indústria no país. Realizado pela Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap) no dia 10 de novembro, em São Paulo, o evento contou com mais de 200 participantes do setor de capital empreendedor como gestores de VC, investidores institucionais, incubadoras, aceleradoras, anjos, acadêmicos e startups.
Foram cinco painéis de debate ao longo do dia. Um deles reuniu investidores anjos, incubadoras e aceleradoras para discutir como esses mecanismos estão colaborando para trazer mais investimentos para startups brasileiras.
Robert Binder, Conselheiro da Abvcap e Diretor-Presidente da Antera Gestão de Recursos, questionou os panelistas sobre como o país pode não ser considerado inovador e produtivo e ao mesmo tempo ter subido 14 posições (de 130º, em 2013, para 116º, em 2014) no relatório Doing Business 2014, ranking que analisa a facilidade de se fazer negócios.
Para Cássio Spina, Fundador da Anjos do Brasil, o país realmente precisa preencher lacunas como produtividade e inovação, mas que esse cenário está passando por uma transformação. “Hoje cada vez mais o empreendedorismo é uma opção de carreira, não mais a última opção que sobrou”.
Já Sérgio Risola, Diretor do Cietec, da USP, acredita que o que falta para o país é uma continuidade no ciclo dos investimentos. “Você vai ao Vale do Silício e as startups recebem de 5 a 8 rounds de investimento. É isso que nós queremos para o Brasil”. Na mesma linha, Beny Rubinstein, Presidente e CEO da Acelera Partners, rede de pós-aceleradoras de startups de tecnologia e parceira oficial da Microsoft Ventures no Brasil, diz que está tentando elevar o Brasil a um patamar mais próximo do que acontece na Califórnia.
“Estamos felizes com os resultados que a Lab22 vem alcançando. Nossas nove empresas apresentam hoje o valor atualizado no mercado de R$160 milhões, companhias que começaram do zero sem nenhum faturamento”, relatou Fernando Campos, Cofundador da Lab22.
Para terminar, Francisco Coronel, Cofundador da NXTP Labs, afirmou que o alinhamento de interesses é a “peça principal” ou pré-requisito primordial de todo o compromisso e relacionamento entre gestor e empresa investida. “Ao gestor cabe pensar global e agir local”.
*Com informações da Abvcap