Durante a Sessão Plenária 4, realizada na manhã desta quinta-feira (25), os moderadores das Sessões Técnicas Paralelas do dia anterior apresentaram e discutiram os principais destaques os trabalhos apresentados. Mediados pelo presidente do Comitê Científico do Seminário Nacional, Paulo Tadeu Arantes, os participantes criaram um ambiente de debate em torno dos eixos temáticos tratados nas Sessões Técnicas Paralelas.
O ex-presidente da Anprotec e decano da Universidade de Brasília (UnB), professor Luis Afonso Bermudez, destacou a importância das metodologias de gestão aliadas aos recursos locais. “O Cerne dá as ferramentas, mas cada incubadora entra com a especificidade local”, observou. A professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gisa Bassalo, relembrou a importância do papel dos gestores nesse âmbito. “Não podemos perder de vista o papel de fomento entre os atores da inovação para o desenvolvimento local, que é próprio dos parques e das incubadoras”.
A preocupação com a profissionalização dos gestores de ambientes de inovação foi levantada pela professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Vanessa Ishikawa Rasoto. “O Cerne vem ao encontro dessa preocupação com a profissionalização. Agora a preocupação é outra, com a falta de capital para consultorias, diagnóstico e planejamento para o crescimento, pois o recurso do Cerne está terminando”, destacou.
A coordenadora do Instituto Christiano Becker de Estudos sobre Desenvolvimento, Empreendedorismo e Inovação, Maria Alice Lahorgue, sintetizou o tema comum entre os trabalhos apresentados: as visões mais inovadoras sobre temas tradicionais, como a mudança do papel do professor e da universidade e da inclusão da sustentabilidade voltada a questões políticas e sociais dentro do ambiente acadêmico. “Apesar das mudanças, a universidade continua sendo o espaço para a produção de conhecimento e a responsável pela sua difusão. Mas o professor escolástico está em vias de extinção”, sentenciou.
O diretor do Parque Tecnológico da PUCPR (Tecnoparque), Álvaro Amarante, destacou os trabalhos relacionados ao arcabouço legal de inovação e à territorialidade dos parques. “Deve haver uma preocupação com a sustentabilidade no planejamento dos parques, uma gestão de territórios”, ressaltou.
* Foto: Roberto Ribeiro. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.