O tecnoPARQ uma das unidades do CenTev receberá um investimento de R$ 15 milhões para a instalação do Centro Tecnológico de Biossegurança e Quarentena Vegetal (CTBQV). A notícia foi anunciada pelo secretário executivo do Ministério da Educação, professor Luiz Cláudio Costa.
A liberação dos recursos é resultado do apoio institucional do Ministério da Educação (MEC), por meio do secretário Luiz Cláudio Costa, junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para Luís Claúdio “o Centro de Biossegurança e Quarentena Vegetal (CTBQV) é um projeto estratégico para o país, e a UFV reúne todas as competências necessárias para a sua plena execução”. O empenho para a realização das obras, segundo o secretário, deverá acontecer até outubro deste ano.
Durante o encontro ficou acordado que cada um dos ministérios empenhará R$ 5 milhões para a viabilização das obras da primeira fase de instalação do CTBQV. Os recursos para o desenvolvimento dos projetos executivos de engenharia do Centro Tecnológico de Biossegurança e Quarentena Vegetal, bem como do seu Plano de Negócios, foram viabilizados pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes).
A notícia foi muito bem recebida pela UFV, representada na reunião pelo vice-reitor da Universidade e presidente do Conselho de Administração do CenTev, Demetrius David da Silva, e pela diretora executiva do CenTev, Adriana Ferreira de Faria. Segundo eles, o projeto do CTBQV, coordenado pela Universidade por meio do CenTev, vem sendo desenvolvido há mais de dois anos, em função de sua natureza complexa e do volume de recursos necessários para a sua viabilização.
O vice-reitor ressalta que o Centro será um ambiente privilegiado de inovação, especializado no oferecimento de serviços, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias em sanidade vegetal. O espaço terá a proteção do agronegócio e da biodiversidade brasileira como alguns de seus principais objetivos. As atividades do Centro estarão voltadas para o aprimoramento e a formulação de novas tecnologias e metodologias de detecção e erradicação de pragas exóticas indesejáveis, que representam uma ameaça constante ao agronegócio nacional.
O Centro trará, ainda, contribuições para medidas de controle de pragas quarentenárias, subsidiando os programas governamentais para a proteção da agricultura nacional e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor, em parceria com as empresas. Com o CTBQV, conforme explica o professor Demetrius, haverá mais agilidade no desenvolvimento de pesquisas e soluções tecnológicas, “permitindo que o país se consolide, cada vez mais, na posição de celeiro agrícola mundial, além de garantir maior proteção das lavouras e da biodiversidade nacional, que é a maior do planeta”.
De acordo com a diretora executiva do CenTev, a infraestrutura do CTBQV atenderá aos mais rigorosos padrões fitossanitários e contará com instalações de biossegurança de nível 3. A área total construída será de aproximadamente três mil metros quadrados, mais de dois mil deles destinados a laboratórios e casas de vegetação, com alta tecnologia de proteção. Dessa forma, o CTBQV permitirá a realização de atividades tecnológicas que antes só poderiam ser realizadas no exterior.
Em sua avaliação, a instalação do Centro no tecnoPARQ constituirá vetor de atração de unidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação e de empresas demandantes dos serviços oferecidos, contribuindo para o desenvolvimento do parque tecnológico, consequentemente de Viçosa e região. Para a professora Adriana, “a implantação de um empreendimento dessa natureza exige alto comprometimento e investimento, constitui ação estratégica para os governos e implica em benefícios para toda a sociedade brasileira. O Centro Tecnológico de Biossegurança e Quarentena Vegetal é um projeto estratégico para o desenvolvimento da nação”.
Também participaram da reunião em Brasília o secretário de Defesa Agropecuária (DAS) do Mapa, Rodrigo Figueiredo; a diretora de Programas da DAS, Teresa Cristina Lustosa; o assessor do MCTI, Bruno Nunes, e a diretora de Desenvolvimento de Rede de Instituições Federais de Ensino Superior, Adriana Rigon Weska.
* Com foto e informações do Centev