Criado em 2010, o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Fipase (Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde) já auxiliou mais de 30 projetos para a captação de recursos para fomento de pesquisa e nos trâmites para registros de propriedade intelectual.
Em 2013, o NIT contribuiu para que empresas ligadas a projetos da Fipase captassem aproximadamente R$ 2,5 milhões no Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e no Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O diretor-presidente da Fundação, Adilton Carneiro, explica que o NIT foi criado em atenção a Lei da Inovação (10.973/2004) que torna obrigatório a criação do núcleo com a finalidade de gerir a política de inovação de entidades ou órgãos da administração pública que tenham caráter científico e tecnológico. “O NIT presta consultoria técnica para projetos que envolvam, por exemplo, direitos de propriedade intelectual, desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologia”, explicou Carneiro.
Entenda
O trabalho do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Fipase consiste no auxílio para a elaboração de projetos para captação de recursos junto a órgãos de fomento, implementação de modelos de gestão de projetos – visando criar uma cultura voltada ao desenvolvimento tecnológico. O NIT também facilita parcerias entre empresas assistidas, além de promover a aproximação destas com a universidade.
Para o auxílio para o registro de patentes, a Fipase estabeleceu parcerias com duas empresas que prestam serviços que incluem processos relacionados a direito autoral e propriedade industrial (marcas, patentes e desenho industrial). A parceria beneficia empresas da Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica e as empresas do Arranjo Produtivo Local das Indústrias da Saúde de Ribeirão Preto (APL-Saúde).
Para Adilton Carneiro, o trabalho desempenhado pelo NIT é de extrema importância já que garante que o conhecimento, as invenções e inovações sejam transformados em propriedade privada. “Com o registro de propriedade intelectual, é garantido o direito de explorar economicamente o objeto, além disso, evita problemas com uso não autorizado ou indevido por terceiros”, avaliou.
O coordenador do NIT da Fipase, Willy de Goes, explicou que a Propriedade Intelectual confere à inovação tecnológica a proteção jurídica necessária para que ela se reverta, de fato, em ganhos econômicos. “Além disso, a proteção da Propriedade Intelectual torna-se fundamental para as empresas que desejam manter ou ampliar sua competitividade, em um mercado cada vez mais globalizado”, finalizou.
Fipase
A Fipase, criada em 2001, por meio de lei municipal, atua no desenvolvimento da indústria de equipamentos e produtos de saúde em Ribeirão Preto, e no apoio aos setores de tecnologia da informação, biotecnologia, química, fármacos e cosméticos. Mantida pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, a Fipase é a gestora da marca Supera que dá nome à Incubadora de Empresas, ao Centro de Tecnologia e ao Parque Tecnológico.
A seriedade do trabalho desenvolvido pela Fundação se traduz no número de projetos elaborados e apoiados que obtêm êxito (aproximadamente 60%) e no número de bolsas conquistadas junto ao Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) cedidas pelo CNPq: do total do país, 4% foram para empresas assistidas pela Fipase.
* Com informações da Fipase * Foto: Shutterstock