Uma parceria entre o poder público e a Universidade de São Paulo, com investimentos de R$ 15 milhões, resultou no Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto. Inaugurado nesta quarta-feira, 26, com a presença do governador Geraldo Alckmin, da prefeita Dárcy Vera (Ribeirão Preto), e do reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, o Parque deve incentivar pesquisas e criação de novas tecnologias, aproximando os setores industrial, empresarial com a universidade. Também participaram da inauguração deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores da região.
Em seu discurso, o governador Geraldo Alckmin afirmou que o Parque Tecnológico de Ribeirão Preto estará entre os melhores graças a parceria e proximidade com a Universidade de São Paulo . “O que separa as nações desenvolvidas daquelas que têm dificuldades é, exatamente, o conhecimento e inovação tecnológica”, pontuou.
O governador apontou que por estar dentro do campus da USP, o Supera Parque tem um diferencial em relação aos outros parques e que o empreendimento deve impulsionar o desenvolvimento da região. “Estamos muito otimistas. Acho que foi um gol marcado em benefício da ciência, do desenvolvimento, dos empregos e oportunidades da região”, disse.
A prefeita Dárcy Vera também acredita no potencial do Supera Parque que, na sua visão, se mostra como uma das maiores forças tecnológicas do Brasil. “O Supera dará oportunidade para que ideias saiam do papel e avancem mundo a fora”, avaliou.
Já o secretário estadual de Desenvolvimento, Rodrigo Garcia, acredita que o Parque vai proporcionar um investimento ainda maior para as empresas inovadoras na cidade. ‘O Parque Tecnológico é o ápice da cadeia produtiva da pesquisa e da inovação”, afirmou.
Durante o evento, o governador anunciou um convênio entre a Fipase (Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde), gestora do Parque, e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, que irá adquirir equipamentos para o Supera Centro de Tecnologia, no total de R$ 1,6 mi.
Supera Parque
O empreendimento também vai promover a geração de emprego e renda para a região de Ribeirão Preto: hoje, o Parque gera pelo menos 120 empregos diretos, que são divididos entre a unidade gestora e empresas incubadas. Com a inauguração, o número deve aumentar.
O Supera Parque tem área de aproximadamente 300 mil m2, dos quais 5 mil m2 já estão ocupados com dois prédios que abrigam a Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, o Supera Centro de Tecnologia e a Fipase, além de um Centro de Negócios. A intenção é que, em breve, o Parque ganhe outros dois prédios que abrigarão uma aceleradora de empresas e o núcleo administrativo, onde haverá serviços como restaurante, bancos e auditórios.
Na área restante, com aproximadamente 150 mil m2, está prevista a urbanização de lotes para a instalação de empresas de grande porte. O projeto urbanístico já recebeu recursos na ordem de R$ 437 mil, repassados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia à Fipase para que o projeto executivo urbanístico seja realizado.
“A ideia é incentivar as empresas nascentes em Ribeirão Preto, mas também atrair novas empresas que possam se instalar na cidade”, revelou Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque. O Parque deve atender, prioritariamente, empresas que trabalhem com pesquisa e desenvolvimento (P&D) e que invistam em produtos e processos inovadores, nas áreas do Complexo Industrial da Saúde (CIS), biotecnologia, tecnologia da informação e bioenergia.
Consolidação
A inauguração do Supera Parque de Ribeirão Preto é a consolidação de ações realizadas no passado. Segundo Eduardo Cicconi, o empreendimento é resultado do trabalho desenvolvido pela Fipase desde 2001, da criação da Incubadora de empresas em 2003, e também da força-tarefa para a criação de dois Arranjos Produtivos Locais: o da Saúde e da Indústria do Software. “O Parque será o ponto de referência para que outras ações como essas sejam desenvolvidas e para que Ribeirão Preto se desenvolva ainda mais nessas duas áreas que são vocação natural da região”, disse Cicconi.
O Parque já entrou em operação, com o Centro de Negócios – local para instalação de empresas que já atuam no mercado que sejam graduadas na Incubadora. “O pré-requisito é que as empresas sejam de base tecnológica, inovadora e tenham plano de pesquisa conjunta com a Universidade”, explicou Cicconi. Ao todo, o Centro de Negócios oferece 11 vagas, das quais duas já estão ocupadas e outras cinco em processo de seleção de empresas.
Para o futuro, a equipe administrativa prevê também um Centro Tecnológico de Biotecnologia (em fase de captação de recursos) e busca parcerias para a instalação de uma FATEC (Faculdade de Tecnologia de São Paulo), de um laboratório da FURP (Fundação para o Remédio Popular) e de uma unidade da Embrapa.
* Com informações da Fipase
* Foto: João Neves