Nesta semana (20/12) estreia o primeiro longa brasileiro em stop motion – técnica que utiliza objetos reais fotografados em sequência de movimentos. Com direção de Paolo Conti e codireção de Arthur Nunes, o “Minhocas” foi produzido pela Animaking, empresa incubada no Sapiens Parque, em Florianópolis. A Fox Filmes International, Globo Filmes e Glaz Entretenimento assinam como coprodutoras.
De acordo com Paolo Conti, diretor da Animaking, o cenário encontrado no Sapiens Parque propiciou o desenvolvimento de inovações que permitiram a idealização e realização do Minhocas. “Já tínhamos em nosso DNA o empreendedorismo e a inovação. No parque encontramos os elementos que faltavam e que nos ajudaram a concretizar nossos projetos, como por exemplo, o motion control, robô que possibilita movimentar a câmera de filmagem seguindo um repertório criado por computador”, destaca.
O diretor-executivo do empreendimento, José Eduardo Fiates, comemora o momento de projeção nacional e internacional, com o longa que já tem distribuição garantida na América Latina. “Ingressamos em uma área em que o país tem condições de ser competitivo, o audiovisual infantil. É um setor em crescimento em Santa Catarina e que pode ter o Parque como referencial”, enfatiza. Fiates complementa que o espaço é dotado de infraestrutura e sistemas para atrair e formar talentos e empreendimentos capazes de gerar ideias e conhecimentos e transformá-los em novos produtos e serviços para a sociedade.
Sobre a produção
No longa, Júnior é uma minhoca pré-adolescente que, durante uma tentativa de se exibir, acaba capturada por uma escavadeira. Em um lugar muito longe de seus amigos, ele acaba controlado e escravizado por um tatu-bola que sonha em dominar o mundo. Com muitas trapalhadas e confusões, Júnior e seus novos amigos fazem de tudo para derrotar o vilão e poder voltar para casa.
Os cenários, bonecos e adereços exibidos representam uma pequena parte do trabalho de uma equipe de mais de 70 artistas. Os profissionais trabalharam durante cinco anos, em atividades como desenho, cenografia, escultura, marcenaria, pintura, engenharia e arquitetura. Para dar vida à animação, os produtores criam os desenhos em papel e, em seguida, esculpem os personagens e fotografam os bonecos diversas vezes em frente aos cenários do filme. A exibição das imagens em sequência é o que garante o efeito de movimento que o público vê. O filme teve orçamento de R$ 10 milhões.
* Com informações do Sapiens Parque. Imagem: divulgação