Brasileiros e britânicos assinaram, no último dia 24 de abril, um memorando de entendimento que permitirá um intercâmbio de ideias e ações entre empresas privadas e governos dos dois países. De acordo com o diretor do departamento de fomento à inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Vinícius de Souza, o acordo oferecerá a empresas brasileiras a possibilidade de lançar no mercado, com mais rapidez, produtos de alto valor agregado. “Em vez de uma empresa brasileira desenvolver uma linha de produto e pesquisa completa, ela poderá selecionar tecnologias que estejam mais maduras para serem acopladas às de outros países e, então, acelerar a entrada no mercado”, explica.
Pelo acordo, as instituições terão acesso ao know how de um produto e à estratégia de expansão dessas instituições para mercados diversos, entre outras vantagens. Segundo Marcos Vinícius, cooperações assim são uma tendência. “Com o conceito de open innovation cada vez mais forte, as empresas começaram a terceirizar parte da sua pesquisa com outras companhias ou centros de pesquisa”.
Souza adiantou que já existem tratativas avançadas para cooperações de companhias em setores de óleo e gás, energia renováveis e smartgrids, ramos nos quais o Brasil ainda não possui tecnologia de ponta em larga escala. E informou que os britânicos demonstraram interesse em diversos trabalhos, como, por exemplo, o da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na área de biocombustíveis.
Para o diretor do MDIC, a competência que as empresas absorverão permitirá o barateamento dos produtos. “Na Índia, por exemplo, eles desenvolvem tecnologias que muitas vezes já existem, mas não na escala e no custo necessários para o país”, disse.
O documento ratifica uma série de acordos pré-estabelecidos com o Reino Unido nos últimos meses, conduzidos pelo MDIC.
* Com informações da Agência CT&I, por Leandro Duarte