No dia 6 de novembro, das 14h às 17h, aconteceu na Pré-Conferência Anprotec o workshop “Como apoiar o desenvolvimento de startups científicas?”. O workshop foi organizado em formato interativo, com dinâmicas entre os participantes para consolidação de conhecimento e geração de networking, exposição de conteúdo e estudo de casos.
Esta atividade teve como base os aprendizados da Wylinka, que trabalha a dez anos com programas focados em desenvolvimento e aceleração de Deep Tech, como o Cataliza ICT, Ciência na Ponta, Capa.CITTA e In.cube. Através da facilitadora do workshop, Lílian Duarte, analista de projetos na Wylinka, os participantes foram levados a compreender as especificidades das deep techs e aprenderem a gerar valor para este tipo de empreendimento.
Segundo Lílian, o principal papel do agente de inovação é fornecer feedbacks dos entregáveis, fazer perguntas certas, realizar articulações entre o mercado e as soluções, registrar o progresso dos projetos e também levantar o mindset das culturas inovadoras, sendo o facilitador do processo. “É importante que o agente de inovação seja esse facilitador que é capaz de levar o conhecimento científico gerado na universidade em formato de soluções tecnológicas para o mercado e para a sociedade”.
Durante o workshop foram realizadas diversas discussões entre os participantes, dentre esses temas, um assunto muito recorrente foi acerca da dificuldade de comunicação entre os facilitadores e cientistas.
“É necessário entender que o mercado fala de uma forma, a academia de uma e o governo de outra, por isso é muito importante clarear ao máximo a comunicação para que todos possam compreender e ter acesso a essa linguagem. Além dessas divergências entre cenários, no Brasil ainda temos as diferenças regionais e culturais que precisam ser levadas em conta no processo de articulação”, afirmou.
Outro ponto amplamente discutido no evento foi acerca das particularidades das tecnologias científicas desenvolvidas nas Deep Techs em comparação com as demais inovações.
“Tecnologias científicas levam um tempo muito maior de maturação, além de necessitar de um processo de pesquisa mais intenso e profundo, que em média dura 6 anos. Por isso, mesmo sendo soluções de alto potencial, há grandes dificuldades de financiamento e regulamentação dessas tecnologias voltadas ao longo prazo e de alto risco, que cabe ao facilitador saber intermediar e solucionar, entendendo quais as demandas do mercado e caminhos para aplicabilidade dessas tecnologias”, explicou.
Após a apresentação dos conteúdos e realização dos debates, os participantes foram divididos em grupos para atividade de estudo de casos em equipe, com elaboração de um plano de ação para a startup científica recebida e recebimento de insights e feedbacks.
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