- Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores
Cerimônia abre a “Conferência Anprotec 2018 Agro: Negócio, Tecnologia e Inovação” em Goiânia
Na mão de startups, tecnologias ganham novas aplicações para solucionar déficits do agronegócio brasileiro
17 de setembro de 2018
Incubadoras são certificadas pelo Cerne durante a 28ª Conferência Anprotec
18 de setembro de 2018
A 28ª Conferência Anprotec começou hoje, dia 17/9, no Centro de Convenções Goiânia. Realizado pela Anprotec e pelo Sebrae, o evento, que acontece até o dia 20/9, reunirá pesquisadores, representantes de incubadoras, parques tecnológicos, aceleradoras, governo, agências de fomento, especialistas e empreendedores que assistirão a plenárias, sessões técnicas e workshops que têm como foco a busca por novos caminhos, com ajuda da tecnologia, para pensar em soluções para o agronegócio brasileiro.
Sheila Oliveira Pires, superintendente executiva da Anprotec, fez a abertura da Cerimônia reconhecendo a importância das muitas instituições que apoiaram o evento. “Nossa Conferência não aconteceria sem a nossa sólida parceria com o Sebrae, o apoio incondicional dos nossos parceiros e organizadores locais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado de Goiás, nossos patrocinadores, a Apex, a Finep, a ABDI e o CNPq, nossos mais de 300 associados, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, com seu apoio institucional, e as instituições que têm atuação sinérgica à Anprotec, principalmente da RNAII (Rede Nacional de Associações de Inovação e Investimentos)”, discursou a executiva.
O tema “Agro: Negócio, Tecnologia e Inovação” é a primeira abordagem setorial nos quase 30 anos de Conferência da Anprotec. A escolha do tema não foi por acaso. Em Goiás, o agronegócio foi o grande responsável pela elevação do PIB do Estado, que atingiu R$ 189,9 bilhões em 2017, crescendo 21,5%, ou seja, bem acima da média nacional para o setor, que foi de 13%. Os produtos ligados ao agronegócio sempre estiveram no topo do ranking das exportações realizadas pelo Estado, correspondendo a mais de 70% da cadeia produtiva.
“O evento deste ano traz muitas novidades. A primeira delas é a governança: criamos um comitê estratégico, que apoia a organização de forma intensa. Pela primeira vez, também, adotamos um tema setorial e fizemos uma escolha muito feliz pelo agronegócio, que é um tema bastante transversal. Outro acontecimento inédito é a apresentação de oito startups, incubadas e aceleradas por associados da Anprotec, para se apresentarem aos seus investidores”, explicou Maurício Guedes, Coordenador do Comitê Estratégico da Conferência Anprotec 2018.
Leandro Ribeiro, secretário de Desenvolvimento do Estado de Goiás e Roberto Francisco, superintendente do mesmo órgão, ressaltaram a transformação pela qual o setor de agronegócio tem passado. “Este setor é fundamental na balança comercial brasileira. Temos uma janela de oportunidades para que o Brasil passe a atuar nas tecnologias que revolucionarão este setor nos próximos anos. O PIB de Goiás tem crescido acima da média brasileira, e nós temos feito a nossa parte para apoiar a pesquisa e o nascimento de empresas de base tecnológica. A escolha da Anprotec pelo tema do agronegócio chancela a importância deste setor e também crença na retomada do crescimento do país”, apontou o secretário.
Miguel Nery, diretor de Desenvolvimento Produtivo da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), parabenizou a Anprotec pela escolha do tema. “Isso vai de encontro aos esforços da nossa agência de expandir os seus programas, como o Conexão Startup-Indústria que, nos últimos anos, cresceu muito na área agrícola. Hoje, temos exemplos de sucesso em piscicultura, cultura de biomassa, pecuária leiteira, cafeeira, dentre outros, em que obtivemos ganhos de produtividade expressivos, graças a soluções de startups”, afirmou.
O representante da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Márcio Girão, diretor de Planejamento e Gestão de Riscos, seguiu na mesma linha. “A Finep tem feito esforço para ampliar seu fomento para todos os setores econômicos e para todas regiões do país. Nós entendemos a capacidade de multiplicação que um dinheiro bem aplicado possui e temos apostado forte no Startup Finep, que já recebeu mais de 800 inscrições e teve 40 startups apoiadas em suas duas primeiras”, ressaltou Girão.
Já Jorge Mário Campagnolo, diretor do Departamento de Políticas de Apoio à Inovação do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações), relatou em sua fala os esforços do ministério para ampliar seus recursos e o estreitamento do relacionamento com os ambientes de inovação. “Sabemos que há cinco anos não temos nenhum edital dedicado às incubadoras, parques tecnológicos e aceleradoras. Temos trabalhado intensamente para voltar a apoiar estes atores de maneira formal. O Brasil possui 369 incubadoras e 104 parques tecnológicos, com 60 ainda em implantação, que têm em suas instalações quase 5000 empresas, gerando milhares de empregos e, por isso, trabalhamos para ampliar o nosso apoio a estes ambientes”, explicou o representante do Ministro Gilberto Kassab.
Corealizador da Conferência Anprotec 2018, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) foi representado por Célio Cabral, gerente de Acesso à Inovação e Tecnologia. “Nossa parceria com a Anprotec na realização desta Conferência já é realizada a tantos anos que a chamamos de ´nossa´. Estamos felizes pela escolha do tema de 2018, o agronegócio. Vivemos um momento de muitas incertezas, econômicas, políticas e tecnológicas, porém, uma certeza para o Brasil é o papel crucial do agronegócio. Por isso, precisamos trabalhar para agregar valor a esta cadeia, o que acontece em iniciativas como esta, com apoio dos ambientes de inovação e as startups que já nasceram e nascerão para tornar este setor ainda mais competitivo”, explicou.
Por fim, José Alberto Sampaio Aranha, após agradecer a todos os presentes refletiu sobre a importância de fomentar a cultura de inovação. “É da cultura do homem inovar para atingir desafios, especialmente face a grandes desafios. O agronegócio tem passado por uma revolução, com tecnologias, com a internet das coisas, sensores, big data, drones, dentre tantas outras. Isso é um desafio para o setor, mas também abre um leque de oportunidades para todo o ecossistema de inovação brasileiro. E, nós só vamos superar esse desafio, trabalhando para fortalecer nossa cultura inovadora, que é nosso grande objetivo nestes próximos dias”, finalizou.
