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A internet tem mudado a forma como as pessoas buscam, avaliam e recomendam produtos e serviços. Percebendo isso, empreendedores estão encontrando nas novas mídias sociais oportunidades atraentes para alavancar seus negócios. Entender como essas ferramentas funcionam e a melhor forma de aplicá-las, é o objetivo o minicurso “Novas Mídias: Comunicação para construir imagem e alavancar negócios”, que será realizado durante a 26ª Conferência Anprotec.
O professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Marcus Linhares, é quem vai conduzir o minicurso e apresentar ferramentas que os inovadores podem usar para divulgar suas ações. Em entrevista, Linhares explica o tema e fala sobre o que os participantes podem esperar do Minicurso 02, além de sua expectativa para a Conferência, que será realizada entre os dias 17 e 20 de outubro, em Fortaleza (CE).
Como os empreendedores inovadores podem usar as novas mídias em favor de seus empreendimentos?
Primeiro precisamos entender o que são as novas mídias. Existe uma expressão muito atual que é o marketing digital e ao mesmo tempo uma tendência muito grande de diferenciá-lo do tradicional. Sendo que, na verdade, o que muda é a abordagem. Os componentes e estratégias de marketing permanecem, o que altera é o canal. Na forma tradicional são os canais off-line, como por exemplo, a TV, o outdoor, os panfletos, a mídia de rádio, das ruas, entre outros. O marketing digital utiliza as mesmas estratégias, porém dentro do canal digital.
As mídias do marketing digital são canais que acompanham o crescimento do negócio por meio da internet, e isso é possível porque ela tem uma capilaridade, uma abrangência e um acesso muito fácil em relação aos diversos públicos. A mídia tradicional é usada no processo de massificação da marca, do produto ou informação, ou seja, quando um produto vai para a TV, ele é visto por um público muito maior. Mas não necessariamente esse público maior vai transformar aquela informação em consumo. Por isso o marketing tradicional continua existindo, ninguém vai deixar de fazer, porque é o melhor meio para se tornar conhecido.
Quando você investe em mídias sociais ou canais de comunicação como o e-mail, antes de tudo, você seleciona o perfil de quem deverá receber aquela estratégia. É possível direcionar sua propaganda para um público de determinada idade, local e faixa social, por exemplo. Por esse motivo, a grande vantagem que os empreendedores inovadores podem ter nas novas mídias é a possibilidade de impacto, pois ela é muito mais pontual e atua exatamente em um público direcionado.
Essas ferramentas são capazes de construir uma imagem positiva para um negócio e até atrair clientes ou parceiros?
As ferramentas de marketing digital têm um poder muito forte no que se refere à pontualidade do público-alvo. Antes do empreendedor tentar atingir o consumidor, ele realiza um estudo pra entender qual o perfil do público e o que pode levá-lo a usar um produto ou serviço. Pois conhecendo o consumidor, sabe-se qual a melhor estratégia para ativar sua percepção e transformá-la em uma demanda para que ele sinta o desejo de comprar o produto. Esse mecanismo é chamado de proposta de valor, que é exatamente o motivo pelo qual o público-alvo consome o produto.
É fácil investir em mídias sociais, têm resultados, é bem mais barato, serve tanto para empresas tradicionais e já consolidadas como para as inovadoras, sendo que para elas chega a ser uma grande alternativa de iniciar os trabalhos, por ser mais competitivo e ganhar mais capilaridade em relação ao seu público alvo.
É difícil investir em Mídias Sociais? Essas ferramentas estão próximas de negócios que ainda estão em fase inicial?
Investir em mídia social é uma das coisas mais simples que se faz hoje. Ela é totalmente intuitiva. As mídias sociais possibilitam para qualquer pessoa, seja ela jurídica ou física, um espaço de criação do conteúdo que ela quiser. Analisando a grande quantidade de informação que chega nas casas das pessoas, no celular, na internet, a gente percebe que isso aumentou potencial em quantidade exponencial, porque todos nós deixamos de ser apenas consumidores de conteúdo. Nós produzimos conteúdo, e a facilidade de investir nas mídias sociais faz com que esses produtos cheguem até as pessoas.
Qualquer um pode investir em mídias sociais e pagar por isso um preço mais barato do que se paga na mídia tradicional. Ela possibilita que uma pessoa a utilize para se tornar conhecido ou pra se fazer relevante em relação ao seu conteúdo. Um exemplo são as digital influencers, os youturbers, que são pessoas comuns, que produzem conteúdos variados e que constantemente investem na possibilidade de se fazerem conhecidos.
O marketing digital é o que a gente chama de mídia de permissão. Ele te dá o direito de ver, ou não, seu anúncio. No youtube, por exemplo, você pode escolher se quer ver a propaganda após os cinco segundos. Enquanto a tradicional é o marketing de interrupção. Você está vendo TV e no melhor momento é interrompido para assistir a uma propaganda, no sinal você é interrompido por um panfleto, em uma reunião é interrompido por uma ligação.
O que os participantes podem esperar do minicurso “Novas Mídias: Comunicação para construir imagens e alavancar negócios”, que você vai ministrar durante a 26ª Conferência Anprotec?
O máximo de prática possível. Nós vamos ter três horas e meia de atuação e durante esse tempo minha função será mostrar o que é um negócio inovador e praticar sua modelagem, para que a gente possa entender, por exemplo, quem é o cliente, qual a melhor forma de se relacionar com ele, por meio de qual canal e como mostrar para ele uma proposta de valor.
Definido isso, a gente parte para a prática do que a gente chama de funil de vendas, ou funil do marketing digital, que são cinco fatores que vão desde a possibilidade de atrair um consumidor potencial transformando-o em cliente, ao ponto de medir, através de instrumentos analíticos, como está sendo a experiência dele ao utilizar aquele produto ou serviço.
Qual sua expectativa para a 26ª Conferência Anprotec?
A melhor possível. Minha expectativa é fazer parte desse evento, organizado por uma instituição de respaldo como a Anprotec, que trabalha muito bem essa questão da inovação em todo país. Isso me atrai e é com o que eu venho trabalhando nos últimos sete anos.
Fazer parte de um evento como esse é algo de extrema importância. Fico envaidecido pelo convite de ministrar esse minicurso e ao mesmo tempo de desenvolver um trabalho que seja do mesmo nível, da mesma estrutura que é a instituição Anprotec.
Por isso, o que eu espero é muito networking, muita troca de experiência e levar um pouco do que eu sei para contribuir com o evento e fazer isso da melhor forma possível para condizer com o tamanho do evento e dos participantes.
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