Aconteceu hoje, 7/11, durante o Fórum Sebrae de Inovação, na Conferência Anprotec, o lançamento oficial da Plataforma InovaLink, um novo mapeamento de aceleradoras e incubadoras do país. A plataforma foi construída em uma parceria do Sebrae com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que contaram com o apoio da Anprotec e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O objetivo da plataforma é reunir as principais informações dos atores de inovação do ecossistema de inovação brasileiro em um mesmo lugar. Até o momento, cerca de 187 incubadoras foram mapeadas e cadastradas na plataforma, mas a expectativa é que esse número possa aumentar ainda mais. Agora, a equipe de pesquisadores da UFV realiza o mapeamento das aceleradoras para cadastro na plataforma.
A sessão contou com a presença de Francisco Saboya, presidente da Anprotec, Paulo Renato Macedo Cabral, gerente nacional de inovação do Sebrae, Adriana Faria, pesquisadora do núcleo de tecnologias de gestão da Universidade Federal de Viçosa (NTG/UFV) e Guila Calheiros, secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação do MCTI.
Guila Calheiros (MCTI), Adriana Faria (UFV), Paulo Renato (Sebrae) e Francisco Saboya (Anprotec)
Paulo Renato Macedo Cabral iniciou o lançamento explicando o funcionamento da parceria entre UFV, MCTI, Anprotec e Sebrae para a construção da plataforma, de modo que o inovalink venha a ser uma ferramenta para atuação e ações práticas. “Nosso convite então é que os ambientes possam estar conosco e apoiar ao máximo essa plataforma. Eu tenho certeza absoluta que quando essa plataforma estiver totalmente preenchida irá fazer uma diferença enorme, dando mais clareza a o que as incubadoras e aceleradoras precisam de apoio”, ressaltou.
Em seguida, Francisco Saboya iniciou sua colocação falando da importância dos dados para o sistema de inovação. “Precisamos de dados, para justificar nosso valor, para direcionar nossos passos, para gerar insights, para conquistar recursos, para tudo. A Anprotec desde sempre entendeu que políticas públicas de qualidade só se fazem com informações e evidências que nos ajudam a entender como nosso ecossistema tem se desenvolvido e a compreender, sobretudo, quais são as nossas dificuldades”, afirmou.
Dando continuidade, Guila Calheiros complementou a fala de Saboya, trazendo o case de sucesso do InovaData, que demonstrou através de dados o impacto econômico que os ambientes de inovação gerarão nos estados brasileiros. “Apesar da trajetória de mais de 40 anos desses ambientes, um dos principais desafios que vemos ainda é fazer com que esses mecanismos de inovação sejam vistos como relevantes para o desenvolvimento econômico do nosso país. Nós precisamos demonstrar que esse recurso da sociedade que nos subvenciona está sendo empregado. Hoje, por meio do InovaDataBR eu consigo comprovar dentro de uma metodologia científica que nós temos mais de 2,3 mil empresas diretamente vinculadas a esses ambientes que faturam cerca de 5 bilhões por ano, fora os mais de 40 mil empregos diretos de qualidade que esses ambientes geram”, afirmou.
Guila também afirmou que foi a partir do sucesso dessa iniciativa que houve então a inspiração para a ampliação dessa base de dados, abordando também as aceleradoras e incubadoras, como forma de fortalecer o sistema de inovação do país. “É isso que queremos fazer com o InovaLink. A intenção é agora termos o mesmo êxito com as incubadoras e aceleradoras. É somente com base nesses dados que conseguimos defender e implementar as políticas públicas de apoio a esse ecossistema”, declarou.
Adriana Faria apresenta a plataforma InovaLink
Por fim, Adriana Faria, pesquisadora do núcleo de tecnologias de gestão da UFV, explicou o funcionamento da plataforma desenvolvida pelo grupo de pesquisa da Universidade. “Uma plataforma que vai funcionar como uma vitrine tecnológica, onde qualquer agente de inovação, no Brasil e no mundo, conseguirá visualizar e identificar esses ambientes de inovação. As incubadoras e aceleradoras se tornarão visíveis, tudo que é importante para os agentes de inovação, como suas empresas, estarão ali”, anunciou.
Ela ressaltou a importância de cadastramento das empresas incubadas, aceleradas e graduadas, que são de onde vem o real resultado de impacto. A expectativa é que sejam mais de 30 mil empresas vindas desses ambientes, para que assim possamos apresentar para o poder público e para a sociedade que nos subvenciona o impacto e resultados que esses ambientes têm na geração de empregos de qualidade, capacitações e soluções, e assim entender como fazer políticas mais assertivas”, informou.
Além disso, Adriana apresentou os principais benefícios do Inovalink para as aceleradoras e incubadoras que se cadastrarem, sendo eles: visibilidade e inclusão, acesso simplificado, atração de investimentos e captação de recursos, aprimoramento de políticas públicas, colaboração em rede, defesa de recursos, produção de dados para ação, gestão estratégica – com a possibilidade de ver a média de desempenho do ambiente em relação aos outros, encontrar parceiros e dar visibilidade às empresas incubadas para investidores.
O processo na plataforma está dividido em 4 etapas:
1º cadastro (representantes legais receberão um email e poderão indicar um responsável para preencher as informações);
2º informações gerais da incubadora ou aceleradora;
3º cadastro das empresas incubadas, aceleradas e graduadas;
4º responder os indicadores de impacto (que deverão ser atualizados anualmente).
Acesse: www.inovalink.org
Em caso de dúvidas, favor entre em contato com o e-mail [email protected]