Sessão 4

Cidades: ecossistemas de inovação como alavancas para o desenvolvimento urbano sustentável

Regiões compostas por polos de inovação, ou seja, com universidades públicas e privadas, incubadoras, aceleradoras, startups, empresas, parques tecnológicos e coworkings, se desenvolvem rapidamente e se tornam mais competitivas, com melhores opções de carreira e qualidade de vida. Isso acontece, por exemplo, com o Vale do Silício, nos Estados Unidos, e com Tel Aviv, em Israel. No Brasil é possível citar cidades como Florianópolis-SC, São José dos Campos-SP, Campinas-SP e Recife-PE.

As dimensões de uma smart city tratam dos diferentes sistemas, atividades e funções que constituem e ocorrem na cidade, tais como transporte, energia, educação, saúde, edificações, entre outros.

A infraestrutura, por exemplo, é entendida como um elemento essencial, pois está diretamente associada aos insumos necessários para a realização das atividades nas cidades, abrangendo tanto a infraestrutura virtual, com elementos das TICs, como softwares, fibras ópticas e redes de telecomunicação, quanto a infraestrutura física (ruas, pontes, edifícios, ferrovias).

A economia abrange as funções e atividades relacionadas ao mercado de trabalho e à indústria.
Inclui-se nessa dimensão a inovação e o empreendedorismo, no que se refere ao desenvolvimento de tecnologias de ponta, à produtividade e à flexibilidade do mercado de trabalho a fim de promover a integração entre as economias local e global.

O contexto de smart city também se refere aos recursos e às questões associadas ao meio ambiente, como a proteção e a utilização racional dos recursos naturais. Ações voltadas ao meio ambiente impactam na sustentabilidade e na habitabilidade da cidade, por isso, devem ser levadas em consideração ao se examinarem as iniciativas de cidades inteligentes.

As pessoas são os atores fundamentais em todo o processo de criação de uma cidade inteligente. Pessoas mais informadas, qualificadas e participativas possibilitam o desenvolvimento de projetos de inovação nas mais diversas áreas. Conhecer e discutir os desejos e as necessidades de comunidades e grupos permite implementar a gestão urbana
participativa. As cidades inteligentes devem ser sensíveis ao equilibrar as necessidades de várias comunidades.

A governança inteligente visa uma maior influência da população na tomada de decisões, a partir do uso de ferramentas de TIC, que permitem a interação entre a sociedade e o governo. É importante salientar que essas ferramentas devem ser de fácil manipulação para dar acesso a uma gama cada vez maior de pessoas, com diferentes níveis de instrução, tornando se realmente eficazes e democráticas.

Vários fatores podem interferir na qualidade de vida do cidadão, tais como o acesso à educação; aos meios de transporte rápidos, seguros e econômicos; à saúde; à cultura; ao lazer; dentre muitos outros. Embora essa dimensão seja tratada por alguns como um objetivo a ser alcançado pelo bom desempenho da cidade, entende-se que, devido à sua abrangência e importância, deve ser avaliada separadamente, considerando os diversos fatores que a impactam, como a existência de equipamentos culturais; condições de vida saudáveis; segurança individual; qualidade habitacional; equipamentos para educação; roteiros turísticos; coesão social; entre outros.

Durante a chamada de trabalho da 30ª edição da Conferência Anprotec iremos debater sobre as cidades e como os ecossistemas de inovação as alavancam para o desenvolvimento urbano sustentável.

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