O Sebrae apresentou nesta quarta-feira (25/11) dois programas de inovação: o Catalisa ICT e o Catalisa Corp. As duas iniciativas foram abertas ao público no Fórum Sebrae de Inovação, que ocorre dentro da 30ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). O Fórum contou com a presença de especialistas, gestores e empreendedores envolvidos no projeto. O Catalisa é um programa de inovação aberta criado pelo Sebrae que contempla quatro frentes: Academia – ICT, médias e grandes empresas – Corp, setor público – Gov e grupos de pequenos negócios tradicionais – MPE.
O analista de inovação do Sebrae, Agnaldo Dantas, iniciou a programação apresentando o conceito do Catalisa e como ele vai funcionar. “O Catalisa é um programa de alcance nacional com protagonismo local. Por ser formado por várias forças diferentes, ele é um programa flexível. Vamos conectar os diversos atores do ecossistema de inovação: setor público, empreendedores, pesquisadores, incorporações, instituições de ciência e tecnologia. A estratégia é justamente catalisar a relação entre os atores”, afirmou.
Dantas mostrou como vai funcionar a Wordlabs, ferramenta que hospedará os perfis de startups, instituições e investidores no Catalisa. “O Catalisa vai ser operado em uma plataforma internacional, a Wordlabs. Ela tem funções essenciais como base de dados e vitrine, gestão de grupos e comunidades, networking, oportunidade de eventos. Há uma infinidade de ações que podem ser feitas, que podem ser usadas pelos empreendedores. Nesse mesmo ambiente serão lançados os desafios, editais e demais conteúdos do Catalisa”, informou.
Na sequência a analista de inovação do Sebrae, Hulda Giesbrecht, lançou o edital do Catalisa ICT, versão do programa voltada para captar pesquisadores acadêmicos que tenham interessem em tornar seus estudos um negócio. “É uma jornada de aceleração para pesquisadores com propósito de gerar negócios inovadores de base tecnológica, oferecendo serviços e produtos voltados a gerar valor para o mercado e a sociedade”, afirmou. O objetivo do Sebrae é mobilizar e despertar os pesquisadores acadêmicos para o empreendedorismo. Até o dia 24 de janeiro estão abertos os cadastramentos de pesquisas com potencial de inovação. Serão selecionadas mil pesquisas, baseadas em aspectos como: potencial de impacto econômico, grau de inovação, potencial de impacto socioambiental, viabilidade técnica e trajetória do pesquisador. Acesse aqui para mais informações.
O painel Pesquisador & Empreendedor, moderado pelo gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato, trouxe alguns pesquisadores com experiência no empreendedorismo para mostrar que as duas comunidades se comunicam muito bem. “Pretendemos apoiar os estudantes na transformação da sua pesquisa em uma oportunidade do negócio. Essa é a grande missão do Sebrae, apoiar o nascimento e a vida de empresas no Brasil, gerando empregos e qualidade de vida”, declarou Renato. Na oportunidade, o gerente destacou números que mostram a força do empreendedorismo no país: “São mais de 50 milhões de empreendedores, 14 mil pequenos negócios, responsáveis por gerar quase 30% do PIB brasileiro e cerca 55% dos empregos de carteira assinada, representando 98,5% de todas as empresas do país”.
Em seguida, o Catalisa Corp foi apresentado pelo analista de inovação do Sebrae, Rafael Castro. Essa versão é voltada para médias e grandes empresas que desejam se conectar com soluções e tecnologias criadas pelas startups. “Queremos fazer com que todo o ecossistema tenha convergência e direcione seus esforços para o desenvolvimento da inovação. O Catalisa Corp vai unir startups, corporações, instituições de tecnologia e outros atores (tirei o setor público daqui) em um só propósito. Esse movimento de confluência faz com que todos ganhem. O bolo de todos aumenta, há mais oportunidades e mais movimentação no mercado”, incentivou.
ELI pelo Brasil
O coordenador de projetos de inovação do Sebrae, Krishna Aum, traçou um panorama da atuação do programa Ecossistemas Locais de Inovação (ELI). De acordo com Krishna é fundamental o investimento em projetos que criem um ambiente de negócios favorável para o crescimento econômico do país. O ELI é uma iniciativa do Sebrae criada em parceria com a Fundação Certi, focado no mapeamento, análise e intervenção em ecossistemas de inovação. O objetivo é dinamizar municípios ou promover o desenvolvimento local, a partir da ótica da inovação.
“Para existir inovação é necessário criar um ambiente favorável para o desenvolvimento do empreendedorismo, precisamos envolver todo um arcabouço de instituições para o desenvolvimento de ações que promovam a inovação. O ELI atua em vertentes voltadas para ambientes de inovação, programas e instituições de ciência e tecnologia, políticas públicas, capital e governança. Com tudo isso mapeado, nós criamos ações para aumentar a efetividade das vertentes, aumentar a integração, aumentar a maturidade do ecossistema”, explicou Krishna Aum.
O painel “Como os ambientes podem dinamizar os ecossistemas de inovação?” contou com a presença do diretor executivo da Fundação Certi, Leandro Carioni, e do gerente regional do Sebrae- PR, Fabrício Bianchi. Ambos deram suas percepções sobre a importância de cada um dos atores dentro dos ecossistemas de inovação.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias