Diferentes instituições trabalhando em cooperação em prol de uma missão nobre de construir um futuro melhor para as regiões locais, essa é a premissa resumida do pacto de inovação em cidades, tema abordado em um painel realizado na tarde do último dia da 32ª Conferência Anprotec.
O painel contou com a presença de Josep Piqué, Daniel Leipnitz (Acate), Elkim Etchwverry (Ruta N/Medellin) e a mediação de Jorge Audy (Tecnopuc).
A introdução do tema ficou a cargo de Daniel Leipnitz, que ressaltou a importância do pacto de inovação para o desenvolvimento e transformação de uma cidade, apontando que a iniciativa é uma forma de conectar os atores do ecossistema para pensar soluções de maneira conjunta, somando a expertise de cada parte.
Neste sentido, destaca-se a necessidade da criação de um modelo de governança para que as iniciativas sejam coordenadas e se perpetuem independentes de questões externas, como governo, por exemplo.
Em complemento, Josep Piqué acrescentou que para que um pacto de inovação seja criado, é necessário que haja um desafio específico para a cidade e que ele seja de conhecimento comum para gerar valor para toda a população. “Temos que entender a natureza da legislação, os pactos têm sentido quando estamos desenvolvendo uma atividade específica que traga benefícios para todos. Trata-se de um propósito coletivo de combinar talentos e tecnologia para transformar a cidade”, afirmou.
Fechando o painel, Elkim Etchwverry apresentou o case do pacto de inovação de Medellín, na Colômbia, em que mais de 4 mil entidades, organizações e associações trabalharam em conjunto para desenvolver a cidade.
Houve um projeto de integrar diferentes regiões da cidade, repensando os serviços públicos como transporte, limpeza e segurança, o que resultou na conquista do título de cidade mais inovadora do mundo em 2013, atraindo mais empresas para a cidade.
“Medellín foi a cidade que mais cresceu no país após o pacto, e isso gerou muito movimento, mais de 400 empresas se estabeleceram localmente, gerando empregos para a população. As empresas que entraram no pacto passaram a crescer cerca de 25%,” destacou Etchwverry.
Por fim, Jorge Audy concluiu com a importância do debate sobre o tema para promover o desenvolvimento de forma ampla em todo o país. “O mais legal é que estamos discutindo sobre pacto de inovação não só em capitais, mas também em cidades do interior. O conhecimento tem que estar em qualquer lugar, o objetivo é transformar as cidades em laboratórios.”, finalizou.