Mais do que nunca, a inovação terá um papel essencial para contribuir com a retomada do desenvolvimento econômico e bem estar social no período que enfrentamos atualmente. Afim de promover essa discussão, o painel “Sessão de dúvidas e propostas para Agências e Entidades de Fomento” reuniu especialistas de diferentes instituições e movimentos para abordar o tema durante a 30ª Conferência Anprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação.
Participaram da sessão, Pedro Wongtschowski, líder da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), Paulo Renato Cabral, gerente da unidade de inovação do SEBRAE Nacional e Cândida Oliveira, gerente executiva de Inovação na Confederação Nacional da Indústria (CNI). O painel foi moderado por Krishna Faria, coordenador de programas do SEBRAE.
Durante a sessão, os participantes falaram sobre as propostas que as agências de fomento tem para os ambientes de inovação e para a economia do Brasil diante do novo cenário, tal como a visão sobre o papel da inovação e dos ambientes na retomada do desenvolvimento econômico.
Para iniciar o debate, Paulo Cabral tratou sobre a atuação do SEBRAE como agência de investimento e fomento à inovação. “Nós temos quatro tipos de clientes, sendo o primeiro as empresas de base tradicional, que é a maioria do mercado, a missão principal para essas empresas é torná-las mais competitivas e inovadoras, depois temos as startups, por ano o SEBRAE atende cerca de 6,5 mil startups, sendo mais de 60% em fase inicial, ou seja, que precisam dos primeiros insights. O terceiro cliente são as empresas de alta tecnologia, que detém o maior conhecimento de tecnologia avançada, nossa missão é contribuir para o crescimento delas. Por último, os ambientes de inovação, que é onde nós gostaríamos que os outros três clientes estivessem instalados, eles são muito importantes para gerar conexões”.
Pedro Wongtschowski, falou, na sequência, sobre o papel da Mobilização Empresarial pela Inovação para promoção da inovação. “O MEI surgiu em 2008, quando inovação não era um tópico relevante para as empresas. Hoje vemos que é um conceito mandatório. As reuniões do MEI possuem cerca de 200 a 300 presidentes de empresas debatendo temas como infraestrutura básica de ciência e tecnologia, instrumentos do governo para incentivo à inovação, recursos humanos e mais assuntos de extrema relevância. É certo que o mundo será diferente após a pandemia, não sabemos o quão diferente, mas sabemos que a inovação será o fator fundamental para o progresso”.
A MEI é um movimento que visa estimular a estratégia inovadora das empresas brasileiras e ampliar a efetividade das políticas de apoio à inovação por meio da interlocução construtiva e duradoura entre a iniciativa privada, academia e o setor público.
Ainda sobre a importância de um movimento em prol da inovação, Cândida Oliveira destacou os benefícios de reunir os atores do ecossistema com um objetivo em comum. “Precisamos desse fórum para o diálogo público e privado que diz respeito à política de inovação para o país. Muito além de representatividade, nós temos o trunfo da experiência que foi acumulada pelo movimento ao longo dos 12 anos de atuação, todos os membros já viram muitas propostas passarem e por isso já há um consenso sobre a agenda prioritária do país”, finalizou.