Já nas primeiras semanas de 2020, a Wayra – associada à Anprotec – está celebrando um grande caso de sucesso, uma das maiores saídas de uma startup do portfólio. A Teravoz, investida da Wayra em 2017, anunciou a sua aquisição pela Twilio (TWLO -NYSE), empresa de comunicação na nuvem sediada no Vale do Silício que oferece infraestrutura para gigantes da tecnologia como Uber, Amazon e Netflix
“A Teravoz foi o tipo de startup que tinha o encaixe perfeito para fazer parte do nosso hub de inovação aberta, principalmente pelas sinergias com os negócios da Vivo”, comenta Renato Valente, country manager da Wayra no país.
De acordo com Valente, além de marcar a chegada oficial da Twilio em terras brasileiras, a aquisição da Teravoz representa também mais uma validação importante da qualidade dos empreendedores brasileiros e demonstra o sucesso das estratégias de inovação aberta realizadas por grandes grupos como a Telefônica. “A saída da Teravoz não só retorna mais de 30 vezes o investimento que a Wayra fez na startup, como também representa novas oportunidades de negócio com a Vivo no Brasil e Telefonica no mundo. É excelente para todos os envolvidos. Toda corporação deveria investir nessa estratégia, funciona e muito bem”, analisa.
“A Wayra nos ajudou com negociações na Vivo e trouxe mais visibilidade para nossa empresa, além de ter nos proporcionado o primeiro espaço para trabalhar fora de casa”, reconhece Dov Bigio, um dos fundadores da Teravoz. Durante a temporada em que esteve no hub, a Teravoz melhorou a eficiência do seu acordo de negócios com a Vivo, que oferece a infraestrutura de telecomunicações da startup, além de ganhar novas conexões de mercado, como a com o fundo de investimentos Canary, responsável por parte do aporte de investimentos na iniciativa. A partir daí, a startup decolou no cenário nacional.
“Contar com esse apoio foi muito valioso. Construímos uma equipe incrível, que se dedicou integralmente a ajudar os mais de 500 clientes que atendemos hoje, que trafegam mais de 8,5 milhões de minutos por mês na nossa plataforma”, orgulha-se Bigio.
Fundada em 2014 com o objetivo de modernizar a telefonia corporativa, levando os PABXs para a nuvem, a Teravoz se transformou em um dos melhores sistemas de telefonia com gerenciamento via web, podendo ser adaptado para qualquer tamanho de empresa. Ao permitir integrações do sistema de telefone com outros softwares, a startup também facilitou a obtenção de dados e estatísticas dos atendimentos, trazendo mais visibilidade de métricas e indicadores para importantes clientes nacionais, como Nubank, Creditas, QuintoAndar e RockContent.
Com a aquisição pela Twilio, a Teravoz deixa os fundos de investimento (o tão almejado exit das startups) com uma grande valorização para todos os seus investidores, inclusive a Wayra, que foi a primeira a apostar na startup. Além do excelente resultado financeiro, a saída da Teravoz também demonstra o sucesso da estratégia de inovação aberta realizada por uma grande corporação.
Ao apoiar startups, grupos como a Telefônica se tornam capazes de fomentar a inovação para todo o mercado, além de incentivarem o surgimento de novos fornecedores ou clientes, como foi o caso da Teravoz. “Esse é um ápice do que um investidor de inovação aberta como a Wayra pode querer”, resume Valente.
Agora, a expectativa é que a Teravoz passe por um período de adaptação para unificação da empresa com a Twilio, passando a atuar localmente sob o nome de Twilio Brasil. Além disso, o fundador Dov Bigio torna-se o country manager no país.
Fonte: Medium