Segundo levantamento do Crunchbase, Brasil divide o terceiro lugar com a Alemanha em número de unicórnios no ano passado, com cinco empresas cada; EUA teve 78 e a China, 42
Ao longo de 2019, só Estados Unidos e China tiveram mais novos unicórnios– startups avaliadas acima de US$ 1 bilhão – do que o Brasil. Os números fazem parte do Crunchbase Unicorn Board, levantamento realizado pelo portal americano Crunchbase. No total, o ecossistema global de startups teve 142 empresas a alcançar essa marca, sendo que cinco delas vieram do País. São elas Gympass, QuintoAndar, Loggi, Wildlife e Ebanx.
Liderando a lista mais uma vez, os EUA apareceram com 78 empresas. Já a China veio em segundo lugar, com 22 companhias. A Alemanha divide o terceiro posto no pódio com o Brasil, também com cinco empresas, enquanto Grã-Bretanha, Israel e Índia ficam empatadas no top 5, com quatro unicórnios cada uma.
Os números dão conta do bom momento do ecossistema brasileiro de startups, que também já viu o surgimento de seu primeiro unicórnio em 2020: trata-se da Loft, startup que compra, reforma e revende imóveis e que recebeu um aporte de US$ 175 milhões na semana passada. Os EUA também tiveram seu primeiro unicórnio nessa semana com o recebimento de um aporte de US$ 285 milhões da ClassPass, startup dona de um serviço tipo “Netflix de academias”. No entanto, o mundo viu menos unicórnios que em 2018, quando 158 empresas se tornaram dignas dessa marca. Na classificação do Crunchbase, unicórnio é apenas a empresa de capital privado que alcança a marca de pelo menos US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos. O investimento total nos unicórnios também caiu: de US$ 139 bilhões em 2018 para US$ 85,1 bilhões no ano passado.
Responsável por três dos cinco unicórnios brasileiros de 2019, o SoftBank contribuiu ao todo para 8 unicórnios ao redor do mundo – a conta também inclui a colombiana Rappi, que atua no mercado brasileiro. O fundo que mais investiu em startups bilionárias, porém, foi o Insight Partners, com 13 empresas. No top 5, estão ainda o Tiger Global Management (que já apostou no Nubank) ; o GV, fundo de venture capital associado ao Google, e o General Atlantic, investidor de empresas brasileiras como Gympass e XP Investimentos.
O levantamento ainda traz uma discrepância entre o percentual de mulheres entre os fundadores dos novos unicórnios: ao todo, 84% das empresas que alcançaram a marca de US$ 1 bi em valor de mercado tinham só fundadores homens. Enquanto isso, 4% delas tinham só fundadoras mulheres e 12% tinham ao menos uma cofundadora.
Fonte: Estadão