“18 dos 20 melhores países no quesito inovação também estão nas primeiras colocações sobre qualidade de vida”, afirma José Alberto Sampaio Aranha
O segundo painel do “Inovação em Debate”, realizado na última quinta-feira, 10 de outubro, pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), com apoio institucional do Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), com as palestras de José Alberto Sampaio Aranha, presidente da Anprotec, representando a Rede Nacional de Associações de Inovação e Investimentos (RNAII), Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Fernando Peregrino, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), e Zil Miranda, especialista em Desenvolvimento Industrial na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O primeiro a se apresentar foi o presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, representando a Rede Nacional de Associações de Inovação e Investimentos (RNAII), ele comentou sobre o reflexo que a Indústria 4.0 causa em cima das cidades, pois, dos 20 países que têm os melhores índices de inovação do mundo, 18 deles são os que têm os melhores índices de qualidade de vida. “Quando eu sou prefeito de uma cidade e estou decidindo o que é mais importante sobre talento, inovação e ecossistemas para gerar alguma coisa, eu estou querendo mostrar para onde minha cidade vai crescer e, consequentemente, para onde ela vai melhorar a qualidade de vida dos seus moradores”, afirmou. CONFIRA A APRESENTAÇÃO COMPLETA AQUI.
Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), deu sequência ao painel comentando sobre a educação científica. “A educação em ciência, que estimula curiosidade, o espírito de inovação e empreendedorismo, está muito ausente na nossa escola, no geral. Os estudantes não vivenciam essa questão de CT&I, do novo, não entendem a importância. No geral, as nossas escolas são muito deficientes. Nós, do SBPC, e diversos setores da sociedade científica, temos discutido isso, mas a verdade é que temos avançado pouco, justamente porque isso depende muito da questão local, das prefeituras, dos estados e das universidades”, lamentou. CONFIRA A APRESENTAÇÃO COMPLETA AQUI.
O terceiro a palestrar foi o presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), Fernando Peregrino. Ele brincou que inovação sem indústria é ‘fake news’. “Não há como fazer inovação sem ter indústria, porque é ela quem escala os seus produtos”, afirmou. CONFIRA A APRESENTAÇÃO COMPLETA AQUI.
Encerrando o último painel, a especialista em Desenvolvimento Industrial na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Zil Miranda, trouxe a questão do investimento durante épocas de crise e também sobre a posição que o Brasil se encontra no índice de CT&I. “Quando falamos em melhorar nossa posição, estamos falando em debater sobre vários pontos de uma agenda e acho importante a discussão que estamos fazendo aqui sobre financiamento, mas a discussão de inovação vai muito além disso. Ela engloba educação, infraestrutura e outros aspectos já mencionados aqui”, explicou.
Ao comentar sobre a trajetória ascendente da China e Israel, a especialista reforçou a curiosidade que, “enquanto eles estão melhorando de posição, o Brasil só caiu. Vários estudos da UCD mostram que, nos momentos de crise, esses países continuaram investindo em ciência, tecnologia e inovação. Alguns estudos mostram que houve, inclusive, um crescimento maior, porque é justamente o momento em que as empresas e que os investimentos tendem a encolher, e o estado fez políticas para alavancar o investimento privado”, finalizou. CONFIRA A APRESENTAÇÃO COMPLETA AQUI!
Confira tudo o que foi abordado no primeiro painel aqui.
Fonte: Abipti