A segunda edição do Pontes para Inovação, iniciativa de fomento à inovação voltada para startups do agronegócio, tem oito agritechs selecionadas para a fase final, a ser realizada em 30 de janeiro no parque tecnológico BioTIC, em Brasília (DF). Participaram da chamada 72 empresas, das quais 26 apresentaram suas soluções para a comissão organizadora na segunda fase. As oito empresas finalistas irão apresentar suas propostas de negócio e soluções tecnológicas no evento do dia 30 de janeiro.
Para o gerente de inovação da Embrapa, Daniel Trento, o amplo interesse pela chamada aponta para a tendência de crescimento da participação de novas empresas na oferta de soluções inovadoras para o setor agropecuário, e novas possibilidades de parcerias entre instituições de C&T, empreendedores e gestoras de fundos de capital. “A oportunidade de geração de novos negócios no setor agropecuário é muito grande. As startups que conseguem se inserir nesse meio têm um mercado promissor, pois além do setor ser um dos motores da economia nacional, o potencial de escalar seus negócios é enorme. Iniciativas como esta promovem a aproximação de startups com fundos financiadores, empresas privadas e institutos de pesquisa fomentando o ecossistema de inovação”, salienta Trento.
Segundo o levantamento AgTech Mining Report, realizado no primeiro trimestre de 2018 pela Distrito e consultoria KPMG, o Brasil possuía 135 startups atuando em segmentos do setor agropecuário com alto potencial de crescimento, tais como agricultura de precisão, robótica e drones, agroflorestal, e manejo animal, entre outros. Dado o crescimento constante do mercado, estima-se que entre 150 e 200 agritechs já buscam posicionar suas soluções tecnológicas no país, das quais em torno de 75% estão na região Sudeste. “Com uma chamada nacional como o Pontes para Inovação, também damos oportunidade para que agritechs de outras regiões possam expandir seus negócios”, comenta Trento.
“No programa de 2017 já tivemos um resultado melhor do que esperávamos por ser o primeiro ano, e agora em 2018 a quantidade e qualidade das empresas que se inscreveram superaram nossas expectativas. Várias empresas apresentaram tecnologias e aplicações bastante inovadoras para o agronegócio. As oito finalistas são uma amostra da qualidade das inovações em diferentes frentes”, destaca Alessandro Machado, sócio da Cedro Capital.
Para selecionar as finalistas, os avaliadores analisaram o alinhamento do negócio com tecnologias da Embrapa; potencial de mercado; diferenciais da tecnologia em relação aos concorrentes; escalabilidade e tração, para analisar as possibilidades de expansão do negócio; qualificação da equipe da empresa; e por fim, processos e ferramentas, para avaliar, por exemplo, se a empresa faz utilização adequada de sistemas com foco na eficiência e qualidade operacional.
A segunda edição do Pontes para Inovação, iniciativa criada em 2017 pela Embrapa e Cedro Capital, conta com a participação também da gestora SP Ventures, aceleradoras Cotidiano e Acelerattus, e parque tecnológico BioTIC. As oito empresas finalistas passarão por análise de potencial investimento para aceleração e expansão do negócio com aporte de até R$ 6 milhões e poderão também negociar instalação no Parque Tecnológico BioTIC, em Brasília (DF). Na edição de 2017, foram 42 empresas inscritas e sete finalistas, sendo que uma das finalistas, a GIRA, recebeu investimentos do fundo gerido pela Cedro Capital.