Encerram, no próximo dia 30 de novembro, as inscrições para o 2º Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, estudo colaborativo liderado pela Pipe Social, que vai mapear as iniciativas e soluções nas áreas de educação, saúde, cidadania, cidades, serviços financeiros e tecnologias verdes que compõem o pipeline 2019.
Mais de 50 players estão organizados para encontrar os negócios de impacto espalhados por todo o Brasil. São aceleradoras, incubadoras, investidores, empresas, institutos e fundações que investem e fomentam negócios de impacto. Essa é uma oportunidade para os atores do ecossistema de impacto medir o tamanho do setor da economia que tem movimentado cerca de US$ 60 bilhões em nível global e registrado um aumento aproximado de 7% ao ano, segundo levantamento da Ande Brasil (Aspen Network of Development Entrepreneurs).
O 2º Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental também vai aproximar os players desses negócios para conhecer as soluções inovadoras que já existem e quais as reais e atuais necessidades dos negócios.
“A implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU é um desafio de toda nossa sociedade, inclusive para a transformação da economia global e desenvolvimento sustentável. Neste cenário, os negócios que geram impacto socioambiental positivo têm um papel fundamental. O desafio principal é identificar estes modelos de negócio inovadores e contribuir para que cresçam e ganhem escala. Iniciativas como o Mapa de Negócios de Impacto, do qual participamos desde a primeira edição, ajudam a identificar e conhecer melhor estes negócios, seus modelos de gestão e necessidades financeiras e não financeiras, contribuindo com todo o ecossistema de impacto no Brasil”, explica Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itau Unibanco.
Além de serem contabilizados e ganharem voz, os empreendedores inscritos no 2º Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, vão ganhar um perfil ativo na Pipe.Social – maior vitrine de negócios de impacto do país – que permite expor suas soluções para os atores do ecossistema de impacto. A plataforma é dinâmica e os inovadores podem editar e incrementar o perfil a qualquer momento para que a evolução do seu negócio possa ser acompanhada e os investidores possam ter a dimensão em que etapa eles estão e onde podem ajudá-los.
“O ICE e a Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto acreditam na importância da plataforma da Pipe.Social para a integração dos negócios de impacto, como um meio importante para investidores(as) e atores do ecossistema encontrarem os negócios de impacto que buscam, acessando informações sobre as soluções que entregam, seus modelos de negócio, impacto mensurado e os times dos empreendedores(as). Acreditamos que a Pipe, com esta plataforma e com o mapa, faz um importante papel de articulador nacional e provedor de informação para o campo”, afirma a diretora executiva da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto ICE, Célia Cruz.
Outra vantagem da plataforma é a otimização do tempo para empreendedores que se inscrevem em diversos editais usando diferentes ferramentas. A Pipe.Social realiza chamadas simultâneas e é possível se inscrever em mais de uma ao mesmo tempo. A ideia é que a plataforma seja uma espécie de Linkedin dos negócios de impacto do Brasil, dando matching entre soluções tecnológicas e quem investe e fomenta os negócios de impacto.
“Manter esse mailing vivo dos negócios, que vão se atualizando na plataforma da Pipe a cada nova chamada de um de nossos parceiros é a nossa grande entrega para o ecossistema. Acompanhando mais de perto os dados dos negócios de impacto conseguimos ter o dedo no pulso do mercado, entendendo as demandas reais e atuais dos empreendedores, observando desejos e tendências assim como desafios que os nossos parceiros podem endereçar. No último mapa, observamos a necessidade de seed money ou de ticket menores de investimento para negócios em fases iniciais. O ecossistema reagiu e várias iniciativas vêm focando em oferecer esses recursos para os empreendedores”, ressalta Mariana Fonseca, cofundadora da Pipe.Social
Essa é uma oportunidade única para que os negócios de impacto ganhem relevância no ecossistema e ainda sirva de inspiração e modelo para outros empreendedores. Para Fábio Nascimento, gerente de comunicação e marketing, da Apex-Brasil – agência que atua na atração de investimentos estrangeiros para negócios brasileiros que gerem impacto social e ambiental positivos, aliando inovação e geração de empregos – , “com este mapeamento, esperamos identificar com mais clareza onde estão as oportunidades no País, para então prospectar investidores estrangeiros e facilitar o relacionamento com empreendedores e fundos de investimentos brasileiros”.
Os dados coletados serão analisados por vertical de negócios de impacto (Saúde, Serviços Financeiros, Cidades, Cidadania, Educação e tecnologias Verdes) e irão constituir o estudo completo. A pesquisa tem o patrocínio da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto, Apex-Brasil e Itaú.
As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de novembro pelo link: http://bit.ly/MAPA_PIPE
Mapa de Impacto
A expectativa é que esse ano sejam recrutados mais de mil negócios de impacto, o dobro da primeira edição, lançada no ano passado, que mapeou 579 negócios. Destes 70% estão formalizados e 40% tem até 3 anos. A região Sudeste concentrou a maior parte dos negócios, 63%, sendo 43% somente no estado de São Paulo.
A maior parte dos negócios de impacto focou nas áreas de Educação (38%), seguido de Tecnologias Verdes com 23% e Cidadania com 12%. Saúde, Finanças e Cidades somaram 10%, 9% e 8% respectivamente.
O estudo completo do 2º Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental e o pipeline 2019 serão conhecidos em fevereiro de 2019.