O presidente da Anprotec, José Alberto Aranha, e a diretora de Relações Internacionais da Associação, Mariana Santos, participaram, hoje (22), do 4º Seminário sobre Diplomacia e Inovação Científica e Tecnológica em Brasília – DF. O evento teve como tema central “Ambientes e Redes de Inovação do BRICS”.
Ao todo, o evento contou com 24 palestrantes nacionais e internacionais, que debateram sobre quatro subtemas: Ecossistemas de inovação: desafios e oportunidades; Modelos de negócios sustentáveis para parques científicos e tecnológicos: lições dos países do BRICS; Semeando inovação: o papel das incubadoras e aceleradoras tecnológicas nos países do BRICS; e Do laboratório para o mercado: empresas inovadoras em ação.
Para Aranha, que participou do primeiro painel, sobre ecossistemas de inovação, o crescimento do número de startups, principalmente das conhecidas como “unicórnios” – por serem avaliadas em um bilhão de dólares – também é fruto do amadurecimento dos ambientes de inovação que impulsionam as empresas nascentes, como incubadoras e aceleradoras.
“Essas empresas não existiam em 2006 e, hoje, ocupam espaços na sociedade, conseguindo causar um impacto positivo dentro do próprio país. Conforme os ambientes de inovação vão amadurecendo, maior é o número de empresas unicórnios. Por isso, é importante pensar como esses ambientes vão trabalhar para gerar cada vez mais unicórnios. Nos Estados Unidos, 61% delas nasceram de parcerias com grandes empresas, por exemplo”, comentou Aranha.
O presidente também falou sobre o desafio de construir uma educação que dê oportunidades para os jovens criarem soluções para problemas reais das cidades, além de exaltar a importância de se desenvolver novas habilidades e competências para o surgimento de mais empreendedores para fomentar a inovação.
Um dos dados apresentados por Aranha é que os empreendimentos que nascem orientados e com um espaço adequado para desenvolverem suas ideias têm 3,45% mais chances de sobreviver do que aqueles que nascem sozinhos sem nenhum apoio.
O painel em que a diretora da Anprotec, Mariana Santos, foi moderadora trouxe para o debate um pouco da realidade deste dado apresentado por Aranha. Com representantes de instituições de inovação, tecnologia e empreendedorismo do Brasil, da Rússia, Índia, China e África do Sul, foi discutido o papel das incubadoras e aceleradoras no BRICS e como elas podem ser semeadoras de inovação no país.
Ao fim do evento, os participantes puderam ver como as empresas inovadoras funcionam de fato. O painel 4, “Do laboratório para o mercado: empresas inovadoras em ação” apresentou quatro cases de internacionalização, sendo dois chineses, um indiano e um da África do Sul.
As discussões do evento também tiveram como objetivo fomentar o debate entre todos os atores da área de CT&I para a criação da futura rede “Innovation BRICS Network” (iBRICS Network).
Workshop sobre parques científicos, áreas de inovação e rede iBrics
Como parte da programação do evento, aconteceu ontem (21) o Workshop que tratou sobre assuntos relacionados a parques científicos e áreas de inovação, além de possíveis mecanismos de cooperação para ajudar a projetar a rede iBRICS.
A rede iBRICS pretende ser um mecanismo de diálogo direto, apoio mútuo, projetos conjuntos e intercâmbio de melhores práticas entre parques científicos e tecnológicos, incubadoras e aceleradoras de PMEs baseadas em tecnologia e outras organizações inovadoras dos países do BRICS.
Estiveram presentes no Workshop, o presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, a diretora executiva da associação, Sheila Oliveira Pires, e os representantes dos programas de internacionalização Land2land, Simone Torrescasana, e do programa Cerne, Carlos Eduardo Bizzoto.