[:pt]
Após duas semanas de imersão no ecossistema de inovação da Coreia do Sul, os representantes das startups Meu Plano e Treeevia concluíram a incubação cruzada organizada pelo Centro de Economia Criativa e Inovação (CCEI) de Daegu. A iniciativa fez parte das atividades da segunda rodada do Programa de Promoção da Economia Criativa, parceria entre a Samsung e a Anprotec para promover o empreendedorismo inovador.
As empresas foram selecionadas entre as 12 que tiveram sua cerimônia de graduação no último dia 18 de agosto, a qual contou com a participação de três startups sul-coreanas, que estiveram no Brasil em razão do processo de incubação cruzada que levou startups brasileiras à Coreia.
Rudinei Gerhart, CEO da Meu Plano, e Esthevan Gasparoto, CEO e co-fundador da Treevia, participaram de visitas técnicas a ambientes de inovação, reuniões, sessões de pitches e foram orientados por mentores coreanos renomados. Os empreendedores cederam entrevistas à Anprotec nas quais contam acerca deste período de trabalhos intensos na Coreia do Sul e comentam os resultados dessa oportunidade.
Contem um pouco sobre esse período que passaram na Coreia do Sul.
Rudinei: Foram 15 dias incríveis. Pudemos entender o quanto o ecossistema de inovação da Coreia do Sul vem se desenvolvendo em relação à aplicação de novas tecnologias. Visitamos quatro grandes polos de inovação, ficamos um período em Daegu, depois fomos à Busan, depois à Suwon e fechamos o itinerário na região de Seul. Em todas essas localidades, visitamos os centros de inovação do CCEI e, dentro desses centros de inovação, laboratórios de IoT, de desenvolvimento de soluções baseadas em learning machine, big data, entre outras tecnologias. Também conseguimos entender como o ecossistema da Coreia do Sul vem se desenvolvendo por clusters.
Esthevan: Foi extremamente bem organizado, muito bem feito. Nós tivemos reuniões para encontrar parceiros na Coreia do Sul que possam auxiliar o nosso desenvolvimento, inclusive no estabelecimento da produção em massa da nossa tecnologia. Lá, a gente pôde realmente entender e absorver vários aprendizados. Foi muito interessante ter essa experiência com empresas de lá, entender como eles estão fazendo produção em massa e conversar com empresas que usam tecnologia para os próprios produtos.
O que vocês trouxeram de aprendizado?
Esthevan: Participar do programa como um todo permitiu que a gente amadurecesse como empresa e transformasse nosso protótipo em um produto mínimo viável, validado no mercado. Já estamos conseguindo fazer a primeira venda, e nada disso seria possível se a gente não tivesse recebido o apoio que a gente recebeu do Programa de Promoção da Economia Criativa. Em relação à incubação cruzada especificamente, além do aprendizado cultural do intercâmbio e de conhecer o sistema de inovação na Coreia, conhecer toda a infraestrutura que eles estão construindo também é muito motivador.
Rudinei: Eu considero que a Meu Plano teve dois grandes ganhos desse período. O primeiro deles foi o processo de mentoria que nós recebemos, e o segundo, de forma indireta, foi a visibilidade de mercado que ganhamos, porque essa oportunidade proporcionou que a gente tivesse contato com as grandes operadoras da Coreia do Sul para validar as soluções que estamos desenvolvendo.
O que vocês esperam daqui para frente?
Rudinei: Daqui para frente, as perspectivas são analisar todos os feedbacks recebidos durante o processo de mentoria, fazer valer as lições decorrentes esse período que a gente passou lá e fazer as correções necessárias para efetivar realmente as instruções que recebemos.
Esthevan: Nós ainda estamos caminhando, então entender a seriedade com que eles fazem as coisas, o compromisso com a excelência, esses são aprendizados que estamos trazendo como desdobramento da incubação cruzada. No último dia da viagem, nós fizemos uma apresentação que foi muito bem recebida. Agora, vamos ver como essa parceria será construída, mas é muito provável que ela gere bons resultados e aplicações reais para a Treevia.
[:]