O terceiro dia da 27ª Conferência Anprotec começou com uma sessão plenária dedicada à discussão dos principais destaques dos trabalhos apresentados nas sessões técnicas paralelas.
Coordenada por Josealdo Tonholo, que abriu a sessão convidando os palestrantes Ghissia Hauser, diretora da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano Regional (Metroplan), Thiago Renault, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Lucimar Dantas, gerente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, João Geraldo de Oliveira Lima, Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Flávio Toledo, presidente da Rede de Agentes Promotores de Empreendimentos Inovadores (Reinc).
Tonholo começou ressaltando o bom desempenho dos trabalhos apresentados na Conferência: “Ficamos muito felizes quando os primeiros trabalhos começaram a chegar, sempre buscando e propondo soluções dentro do tema da conferência. Isso nos mostrou que é necessário discutir as boas práticas e trabalhar mais esse assunto no contexto amplo dos ambientes de inovação nas cidades. É na cidade que as transformações devem acontecer. Esse ano tivemos uma leva muito grande de excelentes trabalhos e a expectativa é de que a conferência nos traga cada vez mais boas ideias nos próximos anos”, disse.
Para Lucimar Dantas, os trabalhos apresentados trouxeram muitas questões vividas no dia a dia dos ambientes de empreendedorismo e inovação. “Fui surpreendida positivamente com os trabalhos. Foram todos muito criativos e com soluções aplicáveis às situações reais”, afirmou.
Ghissia Hauser também destacou a qualidade dos trabalhos. “Todos os trabalhos estiveram dentro do tema da conferência. Uma questão atual em vários países e que no Brasil ainda é um assunto difícil de ser tratado. Achei muito interessante trazer a questão da inovação para o dia a dia e abordar como os ambientes de inovação se relacionam com a cidade”, disse.
Foram 241 trabalhos inscritos, sendo 199 completos, 38 de boas práticas e 4 sobre as memórias do movimento de incubadoras. Chegaram à etapa final, 85 trabalhos completos, 25 de boas práticas e 4 sobre as memórias, totalizando 105 trabalhos aprovados. “Foi um salto quantitativo que mostra que o movimento está formando uma Academia sobre o tema empreendedorismo e inovação. Tivemos um crescimento de mais 200% no número de trabalhos inscritos esse ano”, informou Josealdo Tonholo.
Lucimar Dantas fez um convite para que as próximas edições da Conferência Anprotec tenha mais compartilhamento de boas práticas “Faço esse convite com o objetivo de expandir nossos horizontes. Que essa discussão seja ampliada para além das experiências em Incubadoras. Seria interessante ter mais compartilhamento de boas práticas em parques tecnológicos e aceleradoras também”, ressaltou.
Durante o encerramento, Thiago Renalt falou sobre a importância do empreendedorismo inovador nas universidades hoje. “Gostaria de sugerir uma maior aproximação da Anprotec com o movimento estudantil de empreendedorismo. É importante para a Anprotec conseguir trazer esse movimento para participar dos debates realizados na conferência e no movimento”, sugeriu. Lucimar Dantas fez coro à sugestão e também falou sobre a importância de se aproximar dos jovens empreendedores nas universidades. Flavio falou sobre a importância do movimento ser mais eficaz na aproximação da academia com o setor privado.
Premiação dos trabalhos apresentados
Josealdo Tonholo convidou o Presidente da Anprotec, Jorge Audy, e o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, José Carlos Pinto para darem início a cerimônia de premiação dos melhores trabalhos apresentados na 27ª Conferência Anprotec.
O ganhador do prêmio de melhor artigo completo foi o trabalho “Inovação e sustentabilidade no empreendimento criativo – Arte da Poranga Nativa”, assessorado pela Incubadora Amazonas Indígena Criativa, com autoria de Mayara Viana de Lima. O prêmio de Boas Práticas foi para o trabalho “Monitoramento e desenvolvimento das competências de comportamento empreendedor”, CCE na Farol Incubadora de Empresas, com autoria de Lílian de Cássia Faria e Américo Pedro de Sousa. Já o vencedor na categoria Melhor Memória do Movimento ficou para “Memórias do Parque Tecnológico da Paraíba Fundação Parque”, dos autores Mayara Costa, Francilene Procópio Garcia, Anderson Feleciano Faria e Elisonete Amorim.