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O Brasil e a nova geopolítica global foi o tema da primeira sessão plenária do terceiro dia da 27ª Conferência Anprotec. O palestrante Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington e fundador do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), falou sobre a nova geopolítica global, quais são seus principais componentes e como o Brasil entra na nova dinâmica do relacionamento internacional.
Rubens Barbosa iniciou a planaria falando sobre o quadro da geopolítica global e a situação do Brasil em áreas como inovação, comercial e política. Para Rubens, o país precisa se ajustar às regras internacionais e se adaptar a mudanças que acontecem no mundo. “Nos últimos 15 anos, o Brasil ficou de fora dos avanços em inovação e na área comercial. Por isso o país não se beneficiou dessas evoluções. O Brasil tem que exercer um papel de liderança e propor uma agenda que seja do interesse do país, em termos políticos e econômicos. Perdemos a competitividade comercial e precisamos mudar isso. O País não pode mais se isolar das negociações”, afirma.
Ele destacou ainda o fato de que o Brasil está muito atrasado em questões como a indústria 4.0, por falta de recursos tecnológicos e econômicos. Segundo ele, é preciso competir e abrir o mercado para aumentar o comércio e os investimentos que beneficiam os empregos e os investimentos em tecnologia no país.
“Estamos entrando numa nova era e temos que desenvolver a nossa capacidade para encontrar novos nichos que podemos desenvolver com competência. Precisamos de regras estáveis para que as deficiências sejam contornadas e superadas. Sou otimista em relação ao futuro do Brasil e acho que podemos manter o crescimento econômico e avançar na tecnologia, diz.
A sessão foi moderada pelo diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, José Carlos Pinto e contou também com a presença de Guilherme Ary Plonski, ex-presidente da Anprotec e coordenador do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP.
* Fonte: Conferência Anprotec
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