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A delegação da Missão Técnica Anprotec 2017 está na Turquia, onde participa da 34ª Conferência da Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação (IASP). O destaque fica por conta dos trabalhos que os brasileiros estão apresentando no evento.
Na tarde da quarta-feira (27), foi apresentado o artigo “Institutions that foster innovative entrepreneurship in Brazil: mapping and connections”, escrito por Fernanda Zambon de Carvalho, analista técnica do Sebrae na Unidade de Acesso à Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, e Veronica Tebas Bersani, do Sebrae Nacional. Durante a apresentação, realizada por Fernanda, foram destacados os principais pontos e as principais conclusões da pesquisa.
A ideia do artigo surgiu durante o Fórum Sebrae de Inovação, realizado durante a Conferência Anprotec 2016, que contou com a presença de Josep Piqué, presidente da IASP. A pesquisa focou em 10 instituições, que tiveram suas ações de fomento e empreendedorismo mapeadas e colocadas dentro de uma matriz que considera quatro estágios de desenvolvimento de negócios (concepção, lançamento, crescimento e de maturidade) e cinco variáveis que mais influenciam esse processo (tecnologia, talento, finanças, espaço físico e evolução de mercado).
“O trabalho também possui uma segunda parte, em que realizamos a coleta de percepções, de todas essas instituições, do que falta e quais são os problemas no ecossistema brasileiro de inovação. Pudemos fazer uma análise do que é mais recorrente e do que pode melhorar”, conta Fernanda Zambon.
Já Fernanda Bombardi, gerente executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), focou no “Programa incubação e aceleração de impacto”, realizado em parceria com a Anprotec e o Sebrae. Parte do painel “O futuro: sonhos realísticos”, a apresentação tratou do tópico finanças sociais e negócios de impacto, com foco no papel das incubadoras e aceleradoras no fomento a essa temática. “Foi um painel muito inspirador e que trouxe à luz os grandes desafios que vamos enfrentar nos próximos anos”, destaca Fernanda.
Durante a apresentação, para exemplificar o que são os negócios de impacto social, foi apresentado o caso de uma plataforma brasileira que contribui com o auxílio na educação para que jovens de baixa renda possam ingressar em universidades.
O diretor presidente do São Carlos ParqTec, Sylvio Rosa, associado da Anprotec e participante da Conferência, destacou a apresentação de Herbert Chen, que falou sobre o Parque Tecnológico da Universidade de Tsinghua (TusPark). “Frequento as reuniões da IASP há muitos anos, sempre buscando aprender com os relatos dos erros que escutamos aqui. Aprender como não errar é fundamental, já que o erro é muito custoso, em termos de tempo, dinheiro e gente”, explica.
Para Rosa, o problema do Brasil tem sido a flutuação do apoio a iniciativas de inovação. “Os atuais cortes, inclusive nos governos estatuais, atrapalha muito, já que nossos projetos são de maturação longa. Temos que apostar nos parques tecnológicos. Essa aposta deu certo no mundo inteiro, porque não daria certo no Brasil”?
Por fim, Rosa destaca a participação brasileira expressiva na Conferência. Ao todo, 33 brasileiros formaram a maior participação em termos de nacionalidade no evento. Além disso, oito, dos 39 papers aprovados para apresentação oral, e mais seis artigos, que serão publicados nos proceedings da Conferência, são de brasileiros. Entre os oito papers brasileiros aprovados para apresentação oral, seis são de associados ou parceiros da Anprotec; e os outros dois são da própria associação.
Com o tema “Parques Científicos e ecossistemas de inovação naturais: articulando tendências e estratégias futuras”, a Conferência está sendo organizada pela IASP em parceria com o Teknopark Istanbul, o ITU ARI Teknokent e o ODTÜ Teknokent.
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