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O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (CEDES) discutiu nesta quinta-feira (30/06) como fortalecer estruturas de planejamento, propondo metodologias que auxiliem as universidades na articulação com diversos parceiros públicos e privados, a fim de incentivá-las a realizar projetos que valorizem a economia regional. O tema da palestra foi “Modelo Integrado de Desenvolvimento Regional: Ciência e Tecnologia”.
A agenda fez parte de estudo proposto e relatado pelo Deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) e pretende ser uma referência para o debate nacional. A ideia é desenvolver projetos que possam agregar valor às produções locais, fortalecendo as cadeias e arranjos produtivos, melhorando a qualificação profissional e incentivando o empreendedorismo e as competitividades regionais. A Anprotec foi convidada e participou do debate com diversas outras autoridades.
O ex-ministro da Fazenda Paulo Roberto Haddad destacou que universidades e centros de ensino superior podem gerar projetos locais de promoção industrial. Especialista em Ciências Econômicas, Haddad também afirmou que para haver desenvolvimento é preciso haver inconformismo e participação da sociedade no desenvolvimento de soluções.
Segundo o ex-ministro, o Brasil é um mosaico de regiões e está crescendo nas áreas industrializadas, nas áreas de agronegócio e nas regiões petrolíferas. Enquanto isso, municípios do Nordeste e do Norte brasileiro têm PIB per capita mais de 30% menor que a média brasileira.“O capitalismo sabe crescer, mas não sabe dividir”, observou. Ele considera essencial a inovação tecnológica e a promoção de arranjos produtivos locais para o desenvolvimento das regiões brasileiras.
Para o vice-presidente da Anprotec, José Alberto Aranha, as universidades podem preparar lideranças locais para promover os arranjos produtivos dessas regiões específicas. “O locus do desenvolvimento é a cidade”, observou.
Aranha alertou sobre a importância da inteligência local ser valorizada. “Eu olho muito para o jovem. Hoje nós temos cerca de 6 mil startups na nossa associação pelo país que são comandadas por pessoas muito novas. Essas pessoas precisam estar em ambientes culturais que estão próximos da economia criativa. Eles querem um ambiente diferente. Eles não querem mais os ambientes da era industrial de uma década atrás. Nós precisamos preparar e reter esses talentos jovens em arranjos locais”, concluiu Aranha.
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