Na última semana, Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica (IEITEC) promoveu um evento em Canoas (RS) para apresentar linhas de crédito para empresas inovadoras, com base no eixo “Capital”, da metodologia Cerne. O o gerente do Departamento de Produtos Financeiros Descentralizados da Finep, Marcelo Camargo, falou sobre as linhas disponíveis no país, para um público composto por cerca de 70 empreendedores. “Só vamos quebrar este círculo vicioso, passando-o para virtuoso, se investirmos em educação e inovação. Crédito para isto existe, e portanto, encontro como estes são fundamentais para divulgarmos a existência destas linhas”, disse.
O Programa Inovacred, por exemplo, oferece financiamento a empresas de receita operacional bruta anual ou anualizada de até R$ 90 milhões, para aplicação no desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, ou no aprimoramento dos já existentes, ou ainda em inovação em marketing ou inovação organizacional, visando ampliar a competitividade das empresas no âmbito regional ou nacional. Esse apoio é concedido de forma descentralizada, por meio de agentes financeiros, que atuam em seus respectivos estados ou regiões, assumindo o risco das operações. De junho de 2013 até agora, foram contratados 107 projetos pelo programa, somando R$ 197 milhões. “A decisão mais correta no momento de fazer o seu investimento não é utilizar capital próprio. Esta é a primeira lição. O empreendedor não pode desconhecer que existem linhas muito atrativas, com recursos subsidiados, e que não são utilizadas”, ressaltou Marcelo Camargo.
Na sua avaliação, o empresário que não pensar em inovação, não só quando está começando, mas também ao longo da existência da empresa, poderá perder mercado. “O setor empresarial precisa entender que inovação gera vantagem competitiva. O Sistema Nacional de Inovação no Brasil indica que há um baixo investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Outro problema é que muito pouco do que é desenvolvido nas universidades chega ao mercado. Temos uma cultura empreendedora e uma política de propriedade pouco desenvolvidas”, disse o representante da Finep.
Entre outros dados apresentados por Marcelo Camargo estão índices que apontam as empresas inovadoras crescendo cerca de 16% a mais em comparação com as que não inovam. Estas empresas também são 31% mais produtivas e pagam salários 28,3% maiores.
Durante o encontro, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o IEITEC e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, disponibilizando linhas de crédito através do Programa de Fomento à Inovação – BRDE INOVA. “Para efetivamente colocarmos em prática o programa Cerne, nós gestores precisamos, respirar Cerne, pensar Cerne e agirmos dentro da metodologia Cerne, com ações como estas, concretas e efetivas, tanto com relação ao empreendedor como ao empreendimento”, afirmou a presidente Instituto, Rosângela Alves.
Sobre o IEITEC
O Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica (IEITEC ) é uma associação privada, sem fins lucrativos, fundada em 1989, com tradição e vínculo ao movimento de inovação nacional, com histórico de empreendedorismo. O IEITEC é uma incubadora de base tecnológica, multisetorial, podendo acolher empresas e empreendedores de diversos setores como: Eletroeletrônica, Metal Mecânico, Informática, Petróleo, Gás, Naval, Biotecnologia, Meio Ambiente, Logística, Mecatrônica, Energia, Saúde e Telecomunicações. Além de empresas nascentes, a incubadora também dispõe de espaço para projetos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços de empresas já inseridas no mercado. O IEITEC tem como mantenedor o SIMECAN – Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita.
* Com foto e informações do IEITEC