A primeira sessão plenária do XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas abordou o tema do evento – Fronteiras do empreendedorismo inovador: novas conexões para resultados. A presidente da Anprotec, Francilene Garcia moderou a atividade, que teve como debatedores o gerente geral do Centro de Pesquisas Globais da General Electric, Kenneth Herd, o diretor de Planejamento de Gestão da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), José Luis Gordon, o diretor de Sustentabilidade da Biopalma da Amazônia/Vale, João Menezes, e o superintendente de Desenvolvimento Tecnológico da Biopalma da Amazônia/Vale, Carlos Henrique Garcia.
A plenária abriu espaço para a discussão de formas de incluir a inovação entre as prioridades das cadeias de valor. “Estamos no estágio inicial de uma mudança tão significativa quanto a da revolução industrial, em que o conhecimento é fundamental”, observou Menezes. Garcia falou sobre o processo de inovação tecnológica em curso na Biopalma da Amazônia/Vale. “Nossa atividade está em desenvolvimento. Precisamos de parceiros e de propostas. Nossos palmares têm altura hoje de até 4 metros. Quando as palmeiras alcançarem 25 metros, precisaremos de soluções”, provocou.
Herd falou sobre a construção da rede global de inovação da GE. Com 300 mil empregados, 47 mil patentes registradas e faturamento anual de US$ 150 bilhões a companhia encara a inovação e a tecnologia como fatores-chave para a manutenção da empresa. “Temos cientistas distribuídos pelo mundo. A colaboração hoje é uma realidade, com a open source innovation, crowdsourcing. Temos um centro de tecnologia no Brasil e estamos desenvolvendo produtos aqui”, ressaltou Herd.
Gordon falou sobre o papel da Embrapii na ampliação do investimento do setor privado em inovação, no aumento da intensidade tecnológica dos projetos de P&D da indústria e destacou o desafio na diminuição do risco nesse processo. A Embrapii é uma organização social pelo poder público e os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC) dividem igualmente a responsabilidade pelo seu financiamento. Constituída formalmente em 2013, a Associação está desenvolvendo um projeto piloto que já aportou R$ 193 milhões em 73 projetos.
O diretor da Embrapii explicou que os projetos aprovados para investimento devem ter foco em áreas que tenham demanda por inovação e potencial de crescimento. Para operacionalizar esses projetos, a Associação funciona em rede. Assim, já existem 15 unidades credenciadas da Embrapii no país, das quais três têm vínculo com parques tecnológicos. “O primeiro edital aprovado recentemente foi previa o aporte de R$ 260 milhões. Em outubro deste ano, lançaremos um novo edital”, concluiu Gordon.
A presidente da Anprotec, Francilene Garcia, falou sobre a necessidade de aproveitar os recursos locais disponíveis para gerar resultados. “O Pará é o segundo produtor de palma, precisamos de tecnologias mais impactantes, desde as unidades produtivas, até o beneficiamento. O PCT Guamá tem a condição de ser um parceiro estratégico para vocês, ajudando na cadeia produtiva”, observou.
* Foto: Roberto Ribeiro. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.