Coordenada por dois ex-presidentes da Anprotec, Mauricio Guedes e José Eduardo Fiates, a mesa redonda sobre atração de investimentos imobiliários para parques tecnológicos debateu os principais desafios para implantação e operação desses habitats de inovação. Guedes, atualmente, é diretor do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro e apresentou para os participantes a experiência do empreendimento instalado na Ilha do Fundão da UFRJ. Para ele, um dos principais desafios é a viabilização de investimentos públicos na área.
No Parque do Rio estão instalados centros de pesquisa de 12 grandes empresas, 7 laboratórios e centros de pesquisa, 7 pequenas e médias empresas, além de 26 startups, localizadas na Incubadora Coppe/UFRJ. São cerca de duas mil pessoas trabalhando nas empresas instaladas no Parque. Somente em 2013, essas empresas firmaram contratos para o desenvolvimento de projetos de cooperação com a Universidade no valor de R$ 45 milhões.
Fiates, por sua vez, apresentou a experiência do Sapiens Parque, de Florianópolis (SC), entidade da qual é diretor executivo. De acordo com ele, a implantação do Parque começou em 2005, processo que corre em paralelo ao início da operação e das atividades do habitat de inovação. “Iniciamos um processo de benchmarking para estruturar o modelo de negócios do Sapiens, estudando experiências do Brasil e do mundo. Como o Guedes mencionou, cada parque tem suas características. Temos que ter o conceito desse local de inovação bem definido, lideranças que trabalhem para a execução, uma entidade de ensino próxima que ere conhecimento e parceria com grandes empresas”, explicou.
O diretor do Sapiens falou ainda sobre os modelos para aquisição de um terreno no local escolhido para implantar o Parque, que fica no norte da ilha de Santa Catarina. Entre as possibilidades para que uma empresa privada ou entidade pública utilize alguma área do Sapiens estão: doação, comodato, cessão real de uso, locação/aluguel, além de outras. As duas experiências mostraram para os participantes como a oferta de espaços e serviços de qualidade podem tornar parques tecnológicos um excelente polo de atração de investimentos imobiliários.
* Foto: Roberto Ribeiro. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.