A segunda edição do Fórum Sebrae de Inovação trouxe para o debate as boas práticas de gestão de três incubadoras que já implantaram o modelo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne). A atividade realizada na manhã desta terça-feira (23) reuniu profissionais do Sebrae, gestores de ambientes de inovação e empreendedores.
O gerente nacional de inovação e tecnologia do Sebrae Nacional, Enio Duarte Pinto, em sua apresentação, traçou um histórico sobre a evolução do movimento de incubadoras no Brasil. Duarte explicou que, há alguns anos, a entidade promoveu um senso detalhado para entender melhor esse movimento. Para isso, os profissionais do Sebrae visitaram mais de 300 incubadoras. “A partir dessa pesquisa e das missões técnicas promovidas pela Anprotec, pudemos traçar um perfil da incubadora ideal. O modelo Cerne contempla todas as boas práticas retiradas desses anos de pesquisa e missões técnicas. O primeiro edital do Cerne, lançado no ano passado, foi uma edição piloto e já vemos resultados bastante práticos”, explicou o gerente.
Para o diretor da Anprotec e diretor executivo do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), Sergio Risola (foto), o início do movimento do empreendedorismo inovador no Brasil, na década de 1980, foi de muito aprendizado e que a parceria entre a Associação e o Sebrae possibilita boas conquistas para o movimento. “Que bom chegar agora no movimento e já ver o carro andando, com maturidade e novos desafios”, comemorou. Risola agradeceu o trabalho de todos, em especial do Sebrae.
Boas práticas
Três gestoras de incubadoras brasileiras apresentaram experiências exitosas a partir da implantação do Cerne, no ano passado. A gerente das entidades de apoio do Instituto Gênesis da PUC/Rio, Paula Araujo, falou sobre a prática de sensibilização e prospecção de novos negócios. Para alcançar bons resultados, o Instituto desenvolveu um termo de referência para cada processo chave da sensibilização. “A nossa ideia era chegar a todos os públicos. Ao todo, entre 2013 e 2014, foram 800 pessoas sensibilizadas, 240 pessoas capacitadas, 410 ideias prospectadas, dentro desses processos desenvolvidos pelo Gênesis”, explicou Paula.
A gestora da Casulo, incubadora de empresas do UniCEUB, de Brasília, Érica de Farias Lisboa, apresentou para os participantes a prática de monitoramento dos empreendimentos incubados. A incubadora, com a implantação do Cerne, desenvolveu um programa de avaliação de maturidades para novos empreendimentos, que estipulou diferentes níveis para o processo de incubação.
Por fim, a gestora da incubadora do Instituto Federal do Amazonas (Ayty/Ifam), Maria Goretti Falcão de Araújo, explicou a prática de gestão financeira e sustentabilidade. Segundo ela, Manaus, a capital do Amazonas, tem a vantagem de ter um grande polo industrial para o incentivo a pesquisa e desenvolvimento: “Fazemos essa prospecção por meio de um programa de visitas no polo industrial. Em pouco tempo, conseguimos fazer uma prospecção do que uma empresa pode fazer em pesquisa e desenvolvimento, prospectar demandas dessas empresas, informar e apresentar os projetos”.
* Foto: Roberto Ribeiro. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.