Na tarde da última rodada de palestras da 34ª Conferência Anprotec, o Diretor de Novos Ambientes de Inovação da Anprotec, Artur Gibbon, mediou o painel “Estratégias de Captação de Recursos para Ambientes Promotores de Inovação: Financiamento e Suporte para Incubadoras, Startups e Spin-offs Acadêmicas”. O debate trouxe caminhos e soluções de financiamento para os participantes, destacando tanto o crescimento das startups quanto a sustentabilidade dos ambientes de inovação.
Os palestrantes ofereceram uma visão abrangente das oportunidades de suporte financeiro e apresentaram meios legais e sustentáveis para que esses ambientes acessem recursos de forma contínua.
O consultor jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Leopoldo Muraro, abordou as formas pelas quais ecossistemas de inovação podem acessar esses recursos. Ele também destacou os esforços do MCTI para tornar os mecanismos de financiamento mais claros e objetivos. Como exemplo, apresentou o novo Guia de Conflitos de Interesses, que orienta os ambientes de inovação sobre o que é permitido ou não. “Nosso objetivo com o guia é eliminar dúvidas e oferecer segurança jurídica para que os ambientes de inovação possam focar no que realmente importa: desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis”, afirmou Muraro.
Ruben Delgado, da Associação de Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), reforçou a necessidade de políticas públicas estruturadas para garantir eficiência e continuidade no financiamento da inovação. “Nós, na SOFTEX, atuamos como operadores de políticas públicas, conectando iniciativas governamentais às demandas reais do mercado. Nosso objetivo é criar um ciclo sustentável de apoio à inovação, promovendo o crescimento do setor de tecnologia e software no Brasil”, afirmou Ruben, destacando o papel estratégico da associação.
O painel também contou com a presença de Roberta da Silva, da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), que apresentou iniciativas financeiras da instituição, como a Lei de Informática da Amazônia. Roberta enfatizou que, por muito tempo, a SUFRAMA foi vista como uma entidade fiscalizadora, mas agora busca se consolidar como promotora: “Queremos incentivar os ambientes de inovação e auxiliá-los na captação de recursos.”
Representando um dos principais órgãos de fomento para os ambientes de inovação, André de Castro Pereira Nunes, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), destacou iniciativas como o programa Centelha, que oferece recursos financeiros para transformar ideias inovadoras em projetos viáveis, acelerando os processos de produção. “Nossa missão é transformar conhecimento em riqueza, apoiando a inovação em todas as suas etapas”, afirmou André. Ele também reforçou a vigente Chamada de Parques Tecnológicos, com inscrições abertas até 16 de dezembro de 2024, que prevê valores entre 4 e 15 milhões de reais por proposta.
A Conferência Anprotec 2024 aconteceu de 2 a 5 de dezembro, com uma programação repleta de workshops, painéis e apresentações de cases de sucesso. O evento foi uma realização da Anprotec, em parceria com o Sebrae, com sede no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos. Entre os patrocinadores estão a Finep e o CNPq, do MCTI, além de Confea, Crea e Mútua.