Oficina apresenta as mudanças no Modelo Cerne para 2025

A oficina “Modelo Cerne 2025”, uma das atividades mais aguardadas das Conferências da Anprotec, aconteceu no segundo dia de evento. A atividade trouxe uma perspectiva sobre as atualizações planejadas para o Modelo Cerne, com base nos insights das últimas oficinas, nas atividades ao longo do último ano de certificação e nos resultados alcançados. A mediação da oficina foi feita por Marcos Suassuna, consultor do modelo Cerne.

O Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE) foi originalmente criado para apoiar incubadoras na melhoria de seus resultados e práticas de gestão. Ao longo dos anos, o modelo foi adotado também por outros ambientes de inovação, como aceleradoras e hubs de inovação, que passaram a utilizá-lo para potencializar a gestão de empreendimentos.

No primeiro momento da atividade, foram apresentadas quatro incubadoras certificadas pelo modelo Cerne, uma de cada nível. Estiveram representadas a incubadora Gênesis da PUC Rio (Cerne 4), a Metrópole Parque da UFRN (Cerne 3), a Sprint da UTFPR (Cerne 2) e a IF For Business IF Goiano (Cerne 1). A representante do Gênesis, Paula Araújo, destacou a importância do modelo para a incubadora e como ele auxiliou na praticidade dos processos. “O impacto do Cerne é incrível”, comentou Paula.

Cada palestrante pôde expor as vantagens de aplicar o modelo Cerne em seus ambientes de inovação, além das dificuldades enfrentadas para obter a certificação. “Depois que é implementado, o Cerne é um excelente guia”, disse Roberta Canto, representante da incubadora Sprint. Como dica para aqueles que ainda não são certificados, a representante da IF For Business recomendou: “Olhem para quem já é Cerne, se juntem a eles e tirem suas dúvidas”, disse Silvia Salustiano.

Preparação e Avaliação

Na segunda parte da oficina, consultores e avaliadores do modelo Cerne deram dicas, orientações e comentaram sobre o processo de colocar em prática os ensinamentos do modelo. Marcos Suassuna recebeu o consultor Luiz Fernando Gelape, que reforçou a necessidade de adaptação do modelo para cada incubadora e mecanismo de inovação. “É fundamental saber como moldar o modelo Cerne para a sua realidade”, destacou o consultor.

Além de Luiz, também participaram da oficina a avaliadora Lidiane e Tony Chierighini, vice-presidente da Anprotec. Todos ressaltaram o potencial do modelo Cerne e como ele pode facilitar os processos dos mecanismos de inovação. “O Cerne vem para acelerar a graduação dessas empresas”, comentou Tony sobre as melhorias proporcionadas pelo modelo.

Cerne 2025

Na parte final da oficina, Suassuna apresentou as mudanças previstas para o modelo Cerne 2025, enfatizando que a colaboração continuará sendo um dos pilares do modelo. “É um processo de colaboração desde o início”, afirmou.

Os cinco pilares do modelo Cerne serão mantidos: gestão, mercado, capital, tecnologia e empreendedor. Entretanto, algumas modificações foram implementadas para aumentar a efetividade do modelo e garantir certificações mais precisas. A capacitação, que antes era opcional, passará a ser obrigatória para a certificação. Além disso, haverá uma validação periódica para garantir que os mecanismos de inovação continuem evoluindo até alcançar o próximo nível de certificação.

A partir do próximo ano, o modelo de certificação Cerne exigirá como item obrigatório um portfólio de serviços e produtos. Esses portfólios não só serão avaliados durante a certificação, mas também servirão como uma vitrine para o mercado. Os certificados também serão incentivados a fortalecer a gestão estratégica de seus espaços de inovação.

Essas mudanças no modelo Cerne são resultado de anos de experiência acumulada por mecanismos de inovação, consultores, avaliadores e pela própria Anprotec. O modelo continua evoluindo para que os certificados possam se desenvolver de forma contínua, segura e inovadora. “O Cerne chegou, agora, à fase adulta”, concluiu Tony Chierighini, vice-presidente da Anprotec.

A Conferência Anprotec 2024 segue até o dia 5 de dezembro, com uma programação repleta de workshops, painéis e apresentações de cases de sucesso. O evento é realizado pela Anprotec, em parceria com o Sebrae, com sede no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos. Entre os patrocinadores estão a Finep e o CNPq, do MCTI, além de Confea, Crea e Mútua.